Porto Alegre,

Publicada em 09 de Dezembro de 2024 às 00:30

Usina do Canastra, em Canela, tem risco de deslizamentos

Desativada em 1 de dezembro, local segue com movimentos de terra; ainda não há previsão de retomada

Desativada em 1 de dezembro, local segue com movimentos de terra; ainda não há previsão de retomada

/SD PIAS BOMBEIROS/DIVULGAÇÃO/CIDADES
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Liliane Moura
Liliane Moura Repórter
 Uma semana após deslizamento de terra de sete quilômetros de extensão, que ocasionou o rompimento total da adutora que abastece a Usina do Canastra, em Canela, novos desmoronamentos podem ocorrer e preocupam autoridades, afirma a Defesa Civil. Em razão da detecção do escorregamento de talude da estrada municipal na altura da estrada que liga a linha Monjolo à linha São Paulo, a usina está desligada desde domingo (1), e não há previsão de retorno das operações, segundo o coordenador municipal de Defesa Civil, Marcelo Fogaça Rodrigues.
 Uma semana após deslizamento de terra de sete quilômetros de extensão, que ocasionou o rompimento total da adutora que abastece a Usina do Canastra, em Canela, novos desmoronamentos podem ocorrer e preocupam autoridades, afirma a Defesa Civil. Em razão da detecção do escorregamento de talude da estrada municipal na altura da estrada que liga a linha Monjolo à linha São Paulo, a usina está desligada desde domingo (1), e não há previsão de retorno das operações, segundo o coordenador municipal de Defesa Civil, Marcelo Fogaça Rodrigues.
"Os moradores começaram a barulhos de estrondos, sem saber de onde vinham. Depois perceberam que a água do rio estava turva e barrenta. Recebemos ligações de pessoas desesperadas", relembra o coordenador, ao narrar os acontecimentos da semana anterior. As equipes da Defesa Civil Municipal e Estadual, com o Corpo de Bombeiros Militar, realizaram vistorias no local utilizando drones para capturar novas imagens. 
De acordo com os relatórios preliminares, o terreno ainda apresenta movimentação constante, e novos focos de deslizamentos foram identificados, inclusive distantes da adutora. "Na região há bastante movimentação de terra, e isso é perigoso. É muito provável que terá outros deslizamentos, mas não sabemos quando", afirma o o coordenador municipal de Defesa Civil.
A estrada do Monjolo, que liga a localidade à Linha São Paulo também serve de acesso para a ERS-235, perto da Aldeia Indígena Tekoá Kurity. A passagem permanece interditadas. Nas proximidades dos deslizamentos, às margens do rio, três famílias foram diretamente impactadas. Duas delas já deixaram suas residências, e a terceira foi orientada a evacuar o local como medida de precaução, mas preferiu permanecer, segundo Rodrigues. Agentes reforçaram o apelo para que moradores e curiosos não tentem acessar a área devido aos riscos, pois foram registrados atos irresponsáveis, como o furto de cones de isolamento durante a noite e motociclistas atravessando o local, expondo-se a graves perigos.
Por meio de nota a Companhia Estadual de Geração de Energia Elétrica (CEEE-G), responsável pela geração de energia e de propriedade da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), informa que apesar do impacto no abastecimento hídrico não há riscos à população nem prejuízo no fornecimento de energia elétrica. Além disso, garante, também, que não há risco de inundação para o entorno da adutora, que está vazia. "Nós estamos aguardando um relatório ambiental da companhia para analisar o impacto do deslizamento em toda a região. E continuamos monitorando a situação e bloqueando o fluxo de pessoas e veículos. Não temos previsão de retorno das operações", explica coordenador municipal de Defesa Civil, Marcelo Fogaça Rodrigues.

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