Foram identificados, em novembro, dois focos de raiva herbívora no município de Erval Grande, na região de Erechim. A doença tem como vetor de transmissão o morcego hematófago ou morcego vampiro. Ambos os focos se concentram na mesma região da linha Caruso, próxima à divisa com o estado de Santa Catarina.
Foram identificados, em novembro, dois focos de raiva herbívora no município de Erval Grande, na região de Erechim. A doença tem como vetor de transmissão o morcego hematófago ou morcego vampiro.
Ambos os focos se concentram na mesma região da linha Caruso, próxima à divisa com o estado de Santa Catarina.
De acordo com o médico veterinário, fiscal estadual agropecuário e coordenador estadual do Programa de Combate à Raiva dos Herbívoros da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Wilson Hoffmeister Júnior, atualmente existem 72 focos ativos no Rio Grande do Sul. "E os focos em todo o Estado estão sendo trabalhados exatamente da mesma maneira pelas inspetorias veterinárias locais, pelos núcleos de controle da raiva de cada jurisdição gaúcha. Contamos com o apoio do produtor rural para realizar a vacinação e na busca ativa por novos refúgios".
Hoffmeister afirma que o Estado tem focos importantes na região da Fronteira Oeste, alguns focos nas Missões, na região Metropolitana e na subida da Serra, bem como na região Central do Estado, próximo à Quarta Colônia, e também na região Sul. A raiva herbívora não tem cura e é transmitida entre os morcegos em suas próprias colônias, que eventualmente contaminam bovinos, equinos, suínos e ovinos. A transmissão da doença ocorre quando os morcegos tentam se alimentar do sangue desses animais e causam lesões em seus couros, os deixando suscetíveis a desenvolverem a raiva.
O médico veterinário e fiscal estadual agropecuário da Inspetoria de São Valentim e do Núcleo de Controle de Raiva Herbívora e Combate ao Morcego Hematófago, André Luiz Trierweiler, explica que uma vez que o animal tenha contraído a doença, ele terá alterações no comportamento, se tornando mais inquieto e desenvolvendo uma dificuldade de convivência com outros animais de sua espécie e, eventualmente, a inquietação pode se tornar agressividade. Nos estágios finais, o animal desenvolve um quadro de paralisia muscular, que começa nos membros posteriores e evolui para o resto do corpo, chegando aos sistemas de deglutição e respiratório.