Nesta sexta-feira, (4) o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) realiza um ato em Lajeado com cerca de 400 pessoas. Atingidos de outras cidades do Vale do Taquari também estarão presentes em apoio às famílias lajeadenses. O motivo do encontro é para lembrar os impactos que os atingidos dos diversos municípios do Vale do Taquari vem passando desde o ciclone de junho de 2023. A concentração ocorre na Praça da Matriz e o encerramento na Casa de Cultura.
Nesta sexta-feira, (4) o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) realiza um ato em Lajeado com cerca de 400 pessoas. Atingidos de outras cidades do Vale do Taquari também estarão presentes em apoio às famílias lajeadenses. O motivo do encontro é para lembrar os impactos que os atingidos dos diversos municípios do Vale do Taquari vem passando desde o ciclone de junho de 2023. A concentração ocorre na Praça da Matriz e o encerramento na Casa de Cultura.
Os eventos climáticos extremos impuseram uma nova realidade aos gaúchos e uma delas é que não se pode morar mais à beira do Rio Taquari. Por conta disso, as famílias estão à espera de conseguir uma nova moradia para viverem em segurança. Em Lajeado, contabilizando apenas os cadastrados no MAB já somam-se 450 famílias desabrigadas.
O movimento enfatiza que os programas de reconstrução têm inibido a participação dos atingidos e têm sido feitos sem transparência. Um exemplo é a divulgação da lista de beneficiários do município de Lajeado no programa Minha Casa Minha Vida: Reconstrução Rio Grande do Sul, que até o momento não foi inteiramente divulgada. Inclusive, essa se tornou uma das pautas do ato do dia 4, segundo os organizadores.
Segundo o coordenador Leopoldo, a recuperação das áreas afetadas avança lentamente, e somente com a pressão do povo as medidas serão cumpridas. "Fazer com que o prefeito garanta nossas casas, porque até agora ele não cadastrou nenhuma família que perdeu a sua casa. Então ninguém tem direito de ganhar casa aqui em Lajeado" , reforça o atingido.
Além das perdas materiais, Leopoldo afirma que a tragédia tem causado impactos na saúde mental e no bem-estar das comunidades, o que agrava ainda mais a situação de vulnerabilidade das famílias. "Se chove eu não consigo dormir, não consigo botar a cabeça no travesseiro para descansar. Fico muito preocupado pensando que pode vir uma chuva igual àquela de maio", comenta o coordenador.