Porto Alegre,

Publicada em 23 de Outubro de 2024 às 18:41

Construtora de prédio próximo da Guarita, em Torres, se diz surpresa com críticas

Empreendimento será construído a 500 metros da faixa de areia do Parque Estadual da Guarita

Empreendimento será construído a 500 metros da faixa de areia do Parque Estadual da Guarita

PREFEITURA DE TORRES/DIVULGAÇÃO/CIDADES
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Liliane Moura
Liliane Moura Repórter
A construção de um empreendimento imobiliário em Torres, no Litoral Norte, segue causando polêmica. No sábado passado (19), a comunidade local e as entidades ambientalistas contrárias as obras realizaram um abraço simbólico no Parque da Guarita. Os mais de 350 participantes envolveram a Torre da Guarita, um dos montes rochosos que estão na sequência das falésias, para protestar contra a obra. Questionada sobre o projeto, a RDimer Incorporadora & Construtora afirmou que continuará trabalhando para a realização das obras.
A construção de um empreendimento imobiliário em Torres, no Litoral Norte, segue causando polêmica. No sábado passado (19), a comunidade local e as entidades ambientalistas contrárias as obras realizaram um abraço simbólico no Parque da Guarita. Os mais de 350 participantes envolveram a Torre da Guarita, um dos montes rochosos que estão na sequência das falésias, para protestar contra a obra. Questionada sobre o projeto, a RDimer Incorporadora & Construtora afirmou que continuará trabalhando para a realização das obras.
O projeto urbanístico foi protocolado na prefeitura pela construtora em maio deste ano. A incorporadora prevê a construção de duas torres com 14 andares em uma área próxima ao parque. A obra será no terreno do antigo Guarita Park Hotel, que possuía apenas três pavimentos, nos fundos da praia do Guarita. Chamado de Guarita Park Home Resort, o projeto prevê duas torres de 44 metros e 14 pavimentos, entre as ruas Alfieiro Zanardi, Boa Vista, Araribóia e São Francisco de Assis, no bairro São Francisco. 
Em nota, a R.Dimmer diz que recebeu "com surpresa" as críticas ao empreendimento. Também afirma que respeita o direito de manifestação, mas entende que as críticas, além de não representarem o anseio da comunidade local, não interferem no devido e legal andamento do projeto do Guarita Home Resort. E continuará trabalhando o empreendimento de forma técnica, sustentável e de acordo como a legislação.
A empresa também informa que as torres ficarão localizadas a cerca de 500 metros da faixa de areia da Praia Guarita. De acordo com a empresa, que não deu mais detalhes sobre o projeto em si, as dimensões, altura e aproveitamento do solo são inferiores ao permitido pelo Plano Diretor local para a área onde está previsto o empreendimento.
Segundo a nota da R.Dimmer, "serão mantidos os princípios ambientais e de sustentabilidade que norteiam a atividade da incorporadora". Também afirma que o plano prevê além da área privativa, áreas de uso comum, paisagismo, lazer, recreação, estacionamento, contando com o atendimento de toda a infraestrutura urbanística necessária. 
A prefeitura limitou-se a dizer que o projeto está em análise e aguarda os estudos de impacto de vizinhança e ambiental preliminar da construtora para dar prosseguimento ou não à análise. E, também, diz o projeto está de acordo com o Plano Diretor da cidade, pois a Zona 24 não tem um limite máximo de altura para as construções. 
De acordo com os opositores à construção das torres no Parque Estadual da Guarita, caso o empreendimento seja realizado, entre os efeitos negativos estão o aumento do sombreamento na região, mudanças na circulação de vento, para a vegetação e o fluxo de aves migratórias, além da paisagem, caracterizada pela beleza natural, que une mata e as formações rochosas únicas no Brasil.
 

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