A cidade de São Sebastião do Caí, no Vale do Caí, receberá um projeto urbanístico em área longe de alagamentos ainda este ano. A iniciativa ocorre em uma cidade que é constantemente afetada pelas enchentes - em junho, a cidade atingiu a média de uma por mês. O projeto foi denominado Parque das Bergamotas e terá as primeiras estruturas abertas no mês de dezembro.
A cidade de São Sebastião do Caí, no Vale do Caí, receberá um projeto urbanístico em área longe de alagamentos ainda este ano. A iniciativa ocorre em uma cidade que é constantemente afetada pelas enchentes - em junho, a cidade atingiu a média de uma por mês. O projeto foi denominado Parque das Bergamotas e terá as primeiras estruturas abertas no mês de dezembro.
Uma escola de Ensino Fundamental e uma nova base para Brigada Militar, que foram destruídas pelas cheias de maio e junho, serão as estruturas a serem inauguradas ainda este ano. Junto a isso, a iniciativa prevê a construção de 44 unidades habitacionais para famílias de baixa renda que também foram afetadas pela tragédia. Posteriormente, o local também receberá construção de um parque linear.
As residências, o colégio e a base militar serão produzidas pela Mopo, empresa gaúcha de Gravataí, ao custo de R$ 9.7 milhões. Deste total, já foram captados R$ 5 milhões durante a realização da 22ª Festa da Bergamota e Flores, no mês de setembro. Apesar de mais caro que o tradicional uso de alvenaria, o método de construção - pré-fabricada - dos imóveis foi usado por ser mais célere. E, também ecologicamente correto - visto que utiliza cinco vezes menos os recursos hídricos em comparação ao método habitual.
O empreendimento é fruto do desdobramento do movimento "#juntos pelo Caí", criado em maio, com a participação da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de São Sebastião do Caí, da Câmara de Dirigentes Lojistas e da prefeitura, a fim de contribuir para o enfrentamento da crise resultante dos eventos climáticos. Entre os principais déficits da cidade está o habitacional. "Nós fomos procurados pelo projeto para realizar um projeto arquitetônico e urbanístico na área central da cidade, que é plana e livres de alagamentos. A prioridade é a Brigada e a escola, logo em seguida iniciaremos as habitações", comenta a sócia do OSPA Arquitetura e Urbanismo e uma das autoras do projeto, Carolina Souza Pinto.
O grupo almeja receber o montante de R$ 4 milhões em doações a fim de iniciar a construção de todas as unidades habitacionais. "As moradias têm o custo R$ 109 mil cada. Como o projeto é composto por módulos, as obras podem ser realizadas em etapas, à medida que os recursos chegam", diz Carolina.
As 44 habitações terão 37,5 metros quadrados. Cada uma dispõe de dois dormitórios, banheiro, cozinha com lavanderia, sala de estar e um jardim de serviço que, apesar de proporcionar privacidade, ocupa área coletiva.
Inicialmente, a demanda da prefeitura era por 40 habitações no lote. Porém, com o uso de casas geminadas, o projeto ampliou esse número em 10% ocupando a mesma área. No fundo do terreno, na rua Alexandre Fleming, haverá um estacionamento com 24 vagas.
O terreno plano tem uma área total de 13.389 m² no bairro Rio Branco, disponibilizado pela prefeitura. O local já é dotado de infraestrutura, com rede elétrica e sistema de água e esgoto. A denominação do projeto é devido a bergamota ser o fruto característico de São Sebastião do Caí. "Esse empreendimento é um símbolo da resiliência dos moradores", complementou Carolina.