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Eleições 2024: as propostas dos candidatos à prefeitura de Muçum
Dois concorrentes estão na disputa para o cargo a partir de janeiro de 2025
Por Liliane Moura
Na penúltima matéria da série de reportagens sobre as eleições municipais no Vale do Taquari, o Jornal Cidades, apresenta nesta segunda-feira (23), os candidatos à prefeitura de Muçum. O município de cinco mil habitantes sofreu com tragédia climática do Rio Grande do Sul. Neste ano, a força do Rio Taquari deixou 80% da área urbana inundada.
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Na penúltima matéria da série de reportagens sobre as eleições municipais no Vale do Taquari, o Jornal Cidades, apresenta nesta segunda-feira (23), os candidatos à prefeitura de Muçum. O município de cinco mil habitantes sofreu com tragédia climática do Rio Grande do Sul. Neste ano, a força do Rio Taquari deixou 80% da área urbana inundada.
Concorrem ao cargo na cidade os candidatos Marcos Bastiani (PSDB) e Mateus Trojan (MDB). Para eles, foram feitos os mesmo questionamentos. As informações aqui postas foram enviadas pelas assessorias de imprensa.
Candidato Marcos Bastiani (PSDB)
Se eleito, qual será a primeira medida a ser tomada no âmbito da prevenção contra as enchentes?
Pelas características hidrológicas do Rio Taquari, é muita pretensão imaginar que se possa controlar e prevenir suas enchentes de forma imediatista. Ações de prevenção envolvem dragagem permanente ao longo de toda bacia, execução de possíveis barragens de regulagem de vazão, reposição de mata ciliar e um sem-número de outras atividades multidisciplinares que fogem à capacidade técnica e financeira de todo e qualquer município do Vale do Taquari. Evidente que o município, através da implantação de sua Defesa Civil, poderá emitir alertas e prover meios para salvar vidas, mas até para isso dependerá de informações seguras que devem acontecer através da implantação de centenas de pontos onde se possa aferir a pluviometria correlacionando-a com cotas de enchente.
O que o município pode fazer para evitar - ou amenizar - o impacto de desastres climáticos futuros?
Vamos ter que elaborar um novo Plano Diretor, que definirá o uso de nosso perímetro urbano, buscando novos locais com maior altitude, para implantação de loteamentos sejam públicos ou privados para atividades residenciais, comerciais e industriais. Mas, teremos que respeitar nossa identidade, recuperando nosso núcleo histórico, uma vez que nossa cidade, em sua origem, é fruto da atividade portuária que, ligando parte da Serra gaúcha e Planalto, acontecia através do Porto do Muçum, Rio Taquari abaixo e adentrando no Rio Jacuí até Porto Alegre
Quais medidas serão tomadas para retomar a confiança da população e das empresas na cidade?
São ações de médio e longo prazo, que principiam pela dragagem do rio, assunto submerso no últimos 50 anos. Tenho clara percepção que dragagem não é assunto que colide com qualquer questão ambiental; é prática que ocorre em todo mundo e se bem entendida e executada lhe é favorável. Obras de contenção das barrancas também são bem-vindas e transmitem segurança aos moradores, bem como informações confiáveis na questão de pluviometria e cotas, que direcionam medidas em tempo hábil para qualquer ação no âmbito da Defesa Civil. E entre outras inúmeras particularidades, se torna necessária a adaptação de prédios e móveis para salvaguarda de bens patrimoniais.
• LEIA TAMBÉM: Muçum, no Vale do Taquari, vive cenário de lenta recuperação, após eventos climáticos
Candidato Mateus Trojan (MDB)
Se eleito, qual será a primeira medida a ser tomada no âmbito da prevenção contra as enchentes?
Daremos sequência aos projetos já iniciados em nossa gestão. Estamos trabalhando a nível regional e estadual na busca pelas chamadas obras estruturais - como o desassoreamento e a construção de diques secos - que dependem de projetos complexos e valores significativos para viabilização. Em obras não-estruturais, trabalhamos pela maior qualificação de sistemas de alerta e monitoramento, sendo pioneiros em alguns projetos, além de estruturar o novo Plano Diretor e Plano de Contingência. Pequenas ações locais, que podem ser feitas, já estamos realizando, como a retirada de cascalhos e a realocação de áreas destruídas ou de alto risco, para locais seguros. É um processo complexo e que precisa de uma atuação contínua para se consolidar.
O que o município pode fazer para evitar ou amenizar o impacto de desastres climáticos futuros?
Investir em educação ambiental, gerando uma transformação coletiva no senso de risco e na capacidade de reação aos eventos extremos, além de capacitar líderes e cidadãos para atuarem durante os momentos de crise, e fortalecer a Defesa Civil municipal, com cargos técnicos e equipamentos adequados para casos de calamidade. Outro tópico muito importante é a busca pela qualificação do sinal móvel de telefonia durante os eventos climáticos, permitindo que a comunicação não seja perdida. São ações que têm como principal objetivo assegurar a proteção e o bem-estar da comunidade em situações de risco, minimizando os impactos dos desastres e fortalecendo a resiliência local.
Quais medidas serão tomadas para retomar a confiança da população e das empresas na cidade?
Muitas iniciativas já foram realizadas, como a desapropriação de três áreas de terra, em locais sem risco de inundação e deslizamento, uma delas com 13 lotes específicos para serem utilizados pelas empresas e indústrias que desejam sair da mancha de inundação, nas demais estão sendo construídos novos loteamentos que contemplarão as casas dos programas habitacionais do governo federal e estadual, e darão seguimento na expansão urbanística de Muçum para lugares seguros, promovendo um crescimento planejado e responsável. Além disso, investimentos nas áreas essenciais, como saúde e educação, continuarão sendo prioridade, aprimorando os trabalhos prestados à comunidade e melhorando cada vez mais a qualidade de vida da população.