Porto Alegre,

Publicada em 24 de Julho de 2024 às 00:30

UFSM inicia projeto para recuperar áreas degradadas em maio

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Os eventos climáticos extremos deste ano causaram danos significativos nas áreas ribeirinhas de rios e córregos na região e em outras áreas do Rio Grande do Sul. Alinhado à proposta da Universidade de Santa Maria (UFSM) de desenvolver projetos relacionados ao enfrentamento da crise climática, por meio do Comitê de Apoio para Eventos Extremos e Emergências (Care), surge o projeto "Engenharia natural: recomposição da vegetação ciliar, otimização hidráulica e controle de erosão nas áreas afetadas pelos eventos meteorológicos extremos no Rio Grande do Sul".
Os eventos climáticos extremos deste ano causaram danos significativos nas áreas ribeirinhas de rios e córregos na região e em outras áreas do Rio Grande do Sul. Alinhado à proposta da Universidade de Santa Maria (UFSM) de desenvolver projetos relacionados ao enfrentamento da crise climática, por meio do Comitê de Apoio para Eventos Extremos e Emergências (Care), surge o projeto "Engenharia natural: recomposição da vegetação ciliar, otimização hidráulica e controle de erosão nas áreas afetadas pelos eventos meteorológicos extremos no Rio Grande do Sul".
O professor do Departamento de Ciências Florestais e coordenador do projeto, Fabricio Sutili, explica que a ideia surgiu após as enchentes de abril e maio. A engenharia natural utiliza técnicas vegetativas, também chamadas de biotécnicas, para controle da erosão do solo, estabilização de margens fluviais e, até certo ponto, a estabilização de encostas e taludes. Integrando ecologia, biologia e engenharia, a engenharia natural emprega plantas, solo e materiais inertes para criar estruturas sustentáveis e resilientes. Estas soluções são consideradas eficazes e proporcionam um método natural e duradouro para a preservação ambiental e recuperação de áreas degradadas.
Diversas ações estão previstas para serem desenvolvidas até setembro de 2026. A começar pela elaboração de projetos para a recuperação de áreas afetadas, por meio de levantamentos de dados e topografia, e posterior seleção das técnicas adequadas para cada situação, resultando na elaboração de projetos. Inicialmente, deverão ser contempladas áreas afetadas no campus sede da UFSM, em Santa Maria, e na região de abrangência do Consórcio de Desenvolvimento Sustentável (Condesus) da Quarta Colônia.
Outro objetivo é o treinamento de pessoal para a produção de mudas de espécies nativas ripárias não comuns em viveiros comerciais. Elas estabilizam o solo, reduzem a erosão, protegem as áreas agrícolas adjacentes, melhoram a qualidade da água e fornecem habitats para a fauna local. Um outro projeto, focado na produção destas mudas na UFSM e complementar a esta iniciativa, também deverá ser executado por meio do Care.
Serão oferecidos dois tipos de cursos: capacitação na elaboração, acompanhamento e implantação de projetos de engenharia natural e cursos sobre a produção de mudas de espécies reófilas nativas, um conhecimento ainda pouco difundido entre viveiristas e profissionais da área. As capacitações começarão no segundo semestre deste ano, com datas específicas a serem divulgadas em breve.

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