Porto Alegre,

Publicada em 09 de Julho de 2024 às 18:36

São Leopoldo faz balanço de ações dois meses após as enchentes

Cidade do Vale do Sinos ainda tem 645 pessoas alojadas em abrigos; enchente atingiu 180 mil habitantes

Cidade do Vale do Sinos ainda tem 645 pessoas alojadas em abrigos; enchente atingiu 180 mil habitantes

PREFEITURA DE SÃO LEOPOLDO/DIVULGAÇÃO/CIDADES
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jornal cidades
A prefeitura de São Leopoldo apresentou o diagnóstico das ações de enfrentamento à enchente do mês de maio. O volume recorde de chuvas que superou os diques pela primeira vez desde a construção do sistema, impactou diretamente mais de 180 mil pessoas, deixou 100 mil desabrigadas, bairros inteiros inundados, com cerca de 80% da cidade embaixo d'água e comprometeu o abastecimento de água, exigindo reações imediatas do poder público em diversas frentes. Superado este período, a cidade entra na fase da reconstrução.
A prefeitura de São Leopoldo apresentou o diagnóstico das ações de enfrentamento à enchente do mês de maio. O volume recorde de chuvas que superou os diques pela primeira vez desde a construção do sistema, impactou diretamente mais de 180 mil pessoas, deixou 100 mil desabrigadas, bairros inteiros inundados, com cerca de 80% da cidade embaixo d'água e comprometeu o abastecimento de água, exigindo reações imediatas do poder público em diversas frentes. Superado este período, a cidade entra na fase da reconstrução.
Com a estruturação de 130 alojamentos em diversos pontos da cidade, mais de 20 mil pessoas foram acolhidas e cuidadas até que pudessem, gradativamente, começar a voltar para suas casas. Onze municípios da região também receberam leopoldenses. Atualmente, 645 seguem alojadas, em cinco espaços ainda ativos.
Uma obra emergencial concluída em apenas seis dias recuperou o dique nos dois pontos em que a estrutura foi danificada - a Casa de Bombas da João Corrêa e a Casa de Bombas da Santo Afonso/Vila Brás. Com 300 máquinas, uma grande força-tarefa finalizou ainda no mês de junho a primeira fase da limpeza da cidade, com o recolhimento de mais de 300 mil toneladas de resíduos extradomiciliares.
Na área da saúde, 14 unidades foram atingidas e agora passam por reforma, reestruturação e aquisição de novos equipamentos. Segundo levantamento da Secretaria da Saúde, serão necessários aproximadamente R$ 17 milhões para essa reconstrução. Já a Secretaria da Educação estima que R$ 100 milhões devam ser investidos na reconstrução das 18 escolas municipais atingidas.
Mais de 34 mil casas foram alagadas na enxurrada de maio. Para garantir que as famílias voltassem em segurança para seus lares, a Defesa Civil e a Secretaria da Habitação organizaram uma força-tarefa e já realizaram a vistoria de 3.990 unidades residenciais. Para aproximadamente 300 famílias, a Prefeitura está organizando com recursos próprios o aluguel social no valor de R$ 882,61 por família, com preferência a quem está em abrigos.
Como medida para solucionar os problemas habitacionais gerados pela enchente, a prefeitura busca que o governo federal garanta recursos de R$ 20 mil para cerca de oito a 10 mil famílias que necessitam fazer reformas e recursos para construção de três mil novas casas. Também foi solicitado pelo município a liberação urgente de R$ 500 milhões para a construção dos projetos de infraestrutura das 1.500 casas da Steigleder, Justo, Cerquinha, Mauá e Manteiga e 1.500 casas na Caibaté.

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