O município de Canoas é aquela maior prejuízo estimado na atividade econômica por causa das enchentes de maio. O dado foi revelado no estudo divulgado pela Unisinos, na semana passada, e aponta a perda estimada de R$ 408,6 milhões somente no mês passado. A projeção, de acordo com o estudo, é de que o município possa chegar a R$ 909,7 milhões em perdas até o mês de agosto, seguindo o atual ritmo.
O município de Canoas é aquela maior prejuízo estimado na atividade econômica por causa das enchentes de maio. O dado foi revelado no estudo divulgado pela Unisinos, na semana passada, e aponta a perda estimada de R$ 408,6 milhões somente no mês passado. A projeção, de acordo com o estudo, é de que o município possa chegar a R$ 909,7 milhões em perdas até o mês de agosto, seguindo o atual ritmo.
O levantamento foi realizado a fim de entender a realidade econômica de cada uma das cidades atingidas em regiões como o Vale do Taquari e Região Metropolitana. A base de dados utilizada para a pesquisa evolveu informações do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (SICONFI) e o Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID). "Além da perda da arrecadação há o aumento dos gastos públicos. É preciso apoio do governo estadual e principalmente do governo federal para que Canoas possa voltar ao protagonismo de antes das enchentes", comenta o prefeito do município, Jairo Jorge, sobre os prejuízos causados na cidade.
Outra pesquisa, desta vez realizada pela prefeitura, aponta que mais da metade da empresas que responderam a um questionário proposto pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação, mais da metade ainda não retomaram as operações. O levantamento foi feito para mapear os impactos da enchentes em 24 mil empresas da cidade. No entanto, até a segunda-feira apenas 1.169 empreendimentos responderam ao questionário. Destes, 604 não estão operando, 277 funcionam de modo parcial e atuam de 288 atuam normalmente.
Para mitigar os efeitos dos prejuízos das enxurradas, o Executivo lançou para o projeto Empreendedor Canoense Reconstrução, que contemplará com cinco parcelas de R$ 1 mil para MEIs. Para as microempresas, a prefeitura fornecerá cinco parcelas de R$ 3.000. E para os moradores o Auxílio Canoense Reconstrução, que contempla cinco mil pessoas com cinco parcelas no valor de R$ 400,00. O beneficiário deve ter Cadastro Único ativo e atualizado. As informações sobre todo os programas, por exemplo, os contemplados, a realização de cadastro e a primeira parcela dos auxílios, serão regulamentadas por meio de decreto que será divulgado no site da prefeitura nesta sexta-feira (14).
O chefe do Executivo ressalta, também, os danos causados pelas chuvas aos espaços públicos da cidade, entre eles, 80 prédios públicos, 41 escolas, 19 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e três Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Para a limpeza e reconstrução de todo esses lugares será necessário o valor estimado de R$ 200 milhões, de acordo Jairo Jorge. "A limpeza, boa parte dela, será feita em até 45 dias. E em até 90 dias estará concluída", projeta.
No período mais crítico, as cheias dos rios dos Sinos e Jacuí inundaram 60% da cidade sobretudo, no lado oeste da cidade. Por causa disso, mais de 100 mil pessoas saíram de suas residências. A maioria das pessoas deslocou para casa de parentes e amigos, e, aproximadamente de 23 mil precisaram de abrigos públicos. O maior deles foi instalado na Ulbra, que chegou a receber quase 8 mil pessoas.