Porto Alegre,

Publicada em 20 de Junho de 2024 às 18:00

São Sebastião do Caí chega à 12ª enchente em um ano

Na enxurradas mais recente, as águas banharam 60% da área urbana, segundo a prefeitura

Na enxurradas mais recente, as águas banharam 60% da área urbana, segundo a prefeitura

PREFEITURA DE SÃO SEBASTIÃO DO CAÍ/DIVULGAÇÃO/CIDADES
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Liliane Moura
A cidade de São Sebastião do Caí, no Vale do Caí, estabeleceu, no mês de junho, a marca de 12 enchentes em um ano. A informação foi confirmada pela prefeitura. De junho de 2023 a junho de 2024, o Rio Caí atingiu a cidade em uma média de uma vez por mês. A mais recente ocorreu na desta segunda-feira (17), quando a mediação da Defesa Civil apresentou 14,66 metros - a cota de inundação na cidade 10,5m. As águas atingiram 60% da área urbana, de acordo com a prefeitura.
A cidade de São Sebastião do Caí, no Vale do Caí, estabeleceu, no mês de junho, a marca de 12 enchentes em um ano. A informação foi confirmada pela prefeitura. De junho de 2023 a junho de 2024, o Rio Caí atingiu a cidade em uma média de uma vez por mês. A mais recente ocorreu na desta segunda-feira (17), quando a mediação da Defesa Civil apresentou 14,66 metros - a cota de inundação na cidade 10,5m. As águas atingiram 60% da área urbana, de acordo com a prefeitura.
Entre os meses mais críticos estão o mês de novembro de 2023 quando houve, por duas vezes, a ultrapassagem da cota de inundação na cidade. Em maio deste ano, a cidade teve a pior enchente nos seus 149 anos de existência, quando o Rio Caí bateu a marca 17,6 m. Naquela oportunidade, 90% do território de São Sebastião do Caí foi atingido pela enchente. Cerca de 1 mil pessoas foram atingidas diretamente.
"O município sempre conviveu com as chuvas, mas desde junho do ano passado teve  o agravante de serem várias enchentes em sequência", comenta o prefeito de São Sebastião do Caí, Júlio Campani. Ele ainda aborda que são os bairros Navegantes, Quilombo, Vila Rica e Rio Branco são os locais que mais alagam na cidade.
O prefeito identifica que, por conta dos sucessivos episódios de cheias, existe dentro da cidade um movimento de migração das áreas que costumam ser impactadas para outras mais altas. "Há um movimento em torno de si mesmo. As pessoas e o comércio não estão saindo do município, mas sim indo de um bairro para o outro", informa.
O prefeito esteve nesta quinta-feira (20), em reunião com o ministro da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul Paulo Pimenta, para a abordar a temática do desassoreamento do rio Caí. Pimenta apresentou um estudo que trata da prevenção contra as cheias dos rios Gravataí, Sinos, Caí e Lago Guaíba. Em relação ao Rio Caí, o projeto contempla a construção de três diques: um junto à cidade, um junto à ERS-124 e outro na várzea do Bananal, em Pareci Novo. Além disso, está prevista a construção de estruturas de transposição de vazão.
Ele informou que o governo federal irá buscar formas de financiamento para o custeio das obras. O prefeito também confirmou que uma empresa contratada pelo governo federal irá elaborar os levantamentos técnicos sobre a temática da limpeza do Rio Caí. "O ministro nos informou que isso ultrapassa R$ 3 bilhões", diz Júlio Campani.
Com a enchente desta semana, o foco em São Sebastião do Caí, mais uma vez, é na limpeza, tanto dos espaços urbanos quanto das águas estão entre as ações fundamentais a fim de evitar situações semelhantes. Diante disso, a prefeitura visa a limpeza do arroio Coutinho e as das bocas de lobos da cidade. "A ideia é que consigamos fazer essas ações nas próximas semanas", projeta o prefeito.
 

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