Diante da enchente, que destruiu casas e tirou milhares de pessoas de casa no mês de maio no Rio Grande do Sul, uma incorporadora de Gramado decidiu criar uma ação para ajudar no processo de construção dessas novas residências. A Wert Empreendimentos lidera a iniciativa de construir e doar até 250 casas para os gaúchos desabrigados. Lançada em 15 de junho, a campanha consiste na destinação de 15% do valor de venda das 18 unidades disponíveis dos novos empreendimentos para a construção das moradias populares.
A cada unidade vendida, a ideia é que sejam construídas de 15 a 20 casas, comenta o diretor da empresa Giovani da Ghisleni. A expectativa é converter R$ 12 milhões em doações com a comercialização das unidades de alto padrão na Serra gaúcha.
A realização das moradias não está condicionada à vendagem total, visto que desde o primeiro comércio os valores serão revertidos e direcionados para as edificações dos primeiros imóveis. As residências serão entregues às famílias em cerca de 30 dias após as vendas, segundo o empresário.
Os clientes poderão indicar os municípios e dos moradores que serão contemplados com as moradias, se assim desejarem. "A pessoa escolhida tem que comprovar que foi afetada pelas enchentes", afirma Giovani. Caso o comprador não tenha nenhum município e/ou família para apontar a própria incorporadora fará a destinação.
"As prefeituras tem cadastro dos moradores que estão desabrigados. Somente em Lajeado e Estrela há, no mínimo, cinco mil famílias", comenta o diretor. A empresa fará a intermediação com o poder público, também, sobre os locais que serão realizadas as construções.
Além de indicar o cliente poderá fazer o acompanhamento das obras e participar da entrega aos beneficiados. Os modelos de casas escolhidos custam de R$ 50 a R$ 80 mil, dependendo se terão um ou dois dormitórios. Giovani explica que a casa que será fornecida é no estilo contêiner, de ferro e totalmente revestida de madeira. Na construção, serão contempladas, piso, forro, bem como estruturas elétricas e hidráulicas.
A expectativa é que a ação protagonizada pela empresa seja reproduzida por outros agentes do setor a fim de auxiliar o estado gaúcho neste período, segundo da Ghisleni. "Nós somos pequenos. Se uma empresa de porte nacional fazer isso também, poderemos ajudar a reerguer o Rio Grande do Sul mais rapidamente", complementa.