Porto Alegre,

Publicada em 12 de Junho de 2024 às 18:38

Caxias do Sul recebe alunos de locais atingidos pelas cheias

Em maio, prefeitura observou 100 inscrições de alunos que mudaram de endereço por causa das chuvas

Em maio, prefeitura observou 100 inscrições de alunos que mudaram de endereço por causa das chuvas

ELISABETE BIANCHI/DIVULGAÇÃO/CIDADES
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Liliane Moura
A Cidade de Caxias do Sul, na Serra, vive uma realidade após o desastre climático no Rio Grande do Sul. Nas últimas semana, a secretaria de Educação do município notou a migração de estudantes de várias regiões do estado para a cidade. Do total das 962 inscrições realizadas em maio para matrículas nas escolas municipais, 100 são oriundas de alunos que mudaram de endereço por causa das chuvas, acordo com os dados da Central de Matrículas. 
A Cidade de Caxias do Sul, na Serra, vive uma realidade após o desastre climático no Rio Grande do Sul. Nas últimas semana, a secretaria de Educação do município notou a migração de estudantes de várias regiões do estado para a cidade. Do total das 962 inscrições realizadas em maio para matrículas nas escolas municipais, 100 são oriundas de alunos que mudaram de endereço por causa das chuvas, acordo com os dados da Central de Matrículas. 
Deste conjunto, 28 alunos são de Galópolis - bairro de Caxias do sul mais afetado pelas chuvas. As demais são oriundas de outros municípios, como Arroio do Meio, Bom Jesus, Canela, Canoas, Gramado, Muçum, Novo Hamburgo, Porto Alegre, Roca Sales, São Leopoldo e Vale Real. Os dados contemplam matrículas que foram feitas na Educação Infantil até o Ensino Fundamental.
"Em maio começamos a perceber este aumento de estudantes de outras regiões. Ainda temos vagas municipais para os alunos do Ensino Fundamental. A questão é que nem sempre é perto onde o estudante reside", comenta a secretária Municipal da Educação, Flávia Vergani. 
Ela ainda aborda que boa parte dos inscritos são para educação infantil. Essa área já tinha uma demanda antes da enchente, de cerca de 2 mil inscritos na lista de espera. A Educação municipal também analisa se as migrações são transitórias ou permanentes, e, também se  haverá mais deslocamentos. Por causa disso, um estudo está sendo mapeado para avaliar a situação, que será divulgado a partir de 20 de junho. "A partir desse levantamento teremos mais certeza sobre esses movimentos e definiremos quais ações serão feitas", comenta a chefe da pasta.
Durante este período de catástrofe climática, um dos maior desafios que impacta na aprendizagem dos estudantes é a saúde mental, segundo a secretária da Educação, Flávia Vergani. Por causa disso, a secretária ressalta a atuação do Programa de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes e de Violência Escolar (Cipave), de âmbito estadual, que, dentre as ações neste período, produziu material de apoio a fim de  capacitar as escolas trabalharem com os professores, estudantes e crianças.
"Nós temos uma equipe de multiprofissionais na Secretaria de Educação para a acolhida desses estudantes. Temos projetos que fazem oficinas, palestras e rodas de conversas nas escolas. E, em casos específicos fazemos o encaminhamento para psicólogos", diz. Ela comenta que diante desse cenário o qual o maior desafio é o emocional, a instituição de ensino deve ser um local de pertencimento aos alunos,  pois isso é fundamental para o seu bem-estar. "A escola precisa ser um local de acolhida para compreender e auxiliar esse estudante, analisa a chefe da pasta.
 

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