Um dos municípios mais afetados pelo desastre climático do Estado, Canoas iniciará nesta sexta-feira (7) as obras das cidades temporárias para os desabrigados pelas enchentes. De acordo com a prefeitura, serão montados dois locais para os canoenses. O primeiro no Centro Olímpico Municipal (COM), com capacidade para abrigar de 800 a 1 mil pessoas. E outro na região próxima da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), para acolher até 740 indivíduos.
As casas modulares da Agência da ONU para Refugiados (Acnur) também serão acopladas ao projeto com alojamentos, atendimento médico, brinquedoteca, espaços para animais de estimação, chuveiros/ banheiros, cozinha, dormitórios e espaço multiuso, entre outros espaços. A expectativa é que em menos de um mês os locais estejam prontos.
O município de Canoas, em sua fase mais crítica, mais de 100 mil pessoas foram de casa devido à enchente, sobretudo, no lado oeste da cidade. Boa parte das pessoas foram para a casa de parentes, e cerca de 23 mil precisaram de abrigos públicos. O maior deles foi instalado na Ulbra, que chegou a receber quase 8 mil pessoas.
Os bairros de Mato Grande e Rio Branco de Canoas seguem ainda com alagamento. Após mais de um mês aproximadamente 25% do município ainda sofre com a problemática. A secagem dos locais depende da previsão do tempo, de acordo com a prefeitura. Esta semana a prefeitura vai receber o empréstimo de uma bomba da Higra, que atua em São Leopoldo, para reforçar os trabalhos nessas localidades.
A cidade, também, está em processo de limpeza dos entulhos causados pelas grandes enchentes. Desde o dia 20 de maio é realizado a ação de um mutirão de limpeza com 40 retroescavadeiras, 120 caminhões caçamba basculante, 10 caminhões garra e duas motoniveladoras para remover os entulhos. Em alguns bairros como o Mathias Velho, a ação ocorreu a partir do dia 28 devido a presença da água. E nos bairros de Mato Grande e Rio Branco só foi possível realizar o processo de higienização nas partes que já estão secas.
A orientação da prefeitura é que os moradores deixem os móveis e os eletrodomésticos estragados pelas águas na frente de suas residências, para que, assim o maquinário do poder público possa recolher os objetos, segundo a prefeitura.