A cidade de Venâncio Aires, no Vale do Rio Pardo, vê um dos principais setores econômicos da cidade ser atingido de forma direta pela maior enchente da história do Rio Grande do Sul. A estimativa é a perda de R$ 100 milhões no setor agrícola (milho e soja) e pecuária (corte de gado), segundo levantamento feito pela prefeitura e a Emater. O prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa, comenta que não é possível recomeçar as plantações na área rural, pois o solo está encharcado ainda mais as produções.
A cidade de Venâncio Aires, no Vale do Rio Pardo, vê um dos principais setores econômicos da cidade ser atingido de forma direta pela maior enchente da história do Rio Grande do Sul. A estimativa é a perda de R$ 100 milhões no setor agrícola (milho e soja) e pecuária (corte de gado), segundo levantamento feito pela prefeitura e a Emater. O prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa, comenta que não é possível recomeçar as plantações na área rural, pois o solo está encharcado ainda mais as produções.
Das sete mil companhias que atuam no município, 520 empresas estavam em zona alagada e foram diretamente atingidas, de acordo com prefeitura. De acordo com o mandatário, estima se a perda de R$ 16 milhões na arrecadação do ICMS até o fim deste ano.
Entre elas, está o Frigorífico Boi Gaúcho, localizada no distrito de Vila Mariante, que foi duramente castigado pelo Rio Taquari. O principal empregador dos moradores da região, estima prejuízo de R$ 40 milhões com a perda do maquinário. Os 230 funcionários que atuam no local foram colocados em férias coletivas, pois ainda não há previsão sobre a retomada dos trabalhos. "Quando vai voltar ao normal, em relação a finanças, é bem imprevisível, porque a gente ainda está contabilizando as perdas da enchente. Estimamos em torno de cinco a seis anos tanto para as empresas se recuperarem e o próprio município também", analisa o prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa.
Na infraestrutura, 20 pontes, três escolas, posto de saúde e estradas totalmente ou parcialmente destruídas pelas águas que chegaram a atingir a 34 metros - a conta de inundação é 20m.
No período mais crítico, a cidade teve 600 pessoas desabrigadas e 18 mil desalojadas. Ainda na quarta-feira (22) haviam 200 pessoas desabrigadas nos quatro locais de acolhimento do poder público e um mil desalojadas - a maioria de Vila Mariante, segundo o prefeito. Centenas de casas foram completamente destruídas. Ele também aborda que 50% da população migrou para o perímetro urbano.
Uma das alternativas para realocação dessas famílias é
a área de 5,7 hectares do Instituto Penal Mariante, que está em desuso. O pedido foi feito ao governador, Eduardo Leite, em visita dele ao município em maio.
A ideia é construir um loteamento urbano com estrutura para o comércio, com ginásio de esportes, posto de saúde e creche, e depois oferecer essa possibilidade às famílias que quiserem deixar Vila Mariante. No entanto, como a área é estadual, o município ainda aguarda os trâmites para poder administrar esse território.