A Serra Gaúcha lida com as consequências das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul nas últimas semanas. O impacto das perdas começa a ser calculado na região e um dos setores mais atingidos foi o turismo, renda principal de muitos moradores e empresários. Em Bento Gonçalves, o cenário é desfavorável, já que grande parte do público que visita a cidade é oriundo de outros estados do Brasil, que não podem acessar o Estado, visto que o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, está temporariamente fechado.
A Serra Gaúcha lida com as consequências das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul nas últimas semanas. O impacto das perdas começa a ser calculado na região e um dos setores mais atingidos foi o turismo, renda principal de muitos moradores e empresários. Em Bento Gonçalves, o cenário é desfavorável, já que grande parte do público que visita a cidade é oriundo de outros estados do Brasil, que não podem acessar o Estado, visto que o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, está temporariamente fechado.
LEIA TAMBÉM: Canela pede ao governo federal ajuda para retomar o turismoMarcos Giordani, presidente da Comissão Municipal de Turismo de Bento Gonçalves aponta que cerca de
95% do turismo da região está inoperante, o que provoca uma perda irreparável para a economia da cidade. “A tendência é que esse processo de reconstrução do estado ainda seja demorado. Estamos sofrendo com os cancelamentos. As pessoas ainda não conseguem discernir o que acontece na região”, lamenta.
Segundo o último balanço disponível da Secretaria Municipal de Turismo, de 2022, Bento Gonçalves recebeu cerca de 280 mil pessoas, sendo que 95% dos visitantes estiveram na cidade à lazer. A Secretaria aponta que pessoas de outros estados do Brasil são fundamentais para a renda da região, já que
62% dos visitantes são de fora do Estado.
Com o fechamento do Aeroporto Salgado Filho, na Capital gaúcha, grande parte do público
não consegue acessar a Serra Gaúcha. A produtora de eventos Andréia Zogbi afirma que o cancelamento de compromissos para os meses de maio, junho e julho prejudicou o negócio local. “Muitos casamentos de pessoas de outros estados foram cancelados. Chegamos ao ponto de dispensar nossos assistentes. Calculamos uma perda de quase R$ 100 mil nesse período”.
O prefeito de Bento Gonçalves, Diogo Siqueira (PSDB), ressalta que a reconstrução da economia local passa pela liberação do aeroporto. “ Enquanto o Salgado Filho não estiver disponível, vamos ter um grande prejuízo. Para pensarmos em uma retomada do turismo, dependemos da melhora das situações em Porto Alegre”, diz Siqueira. Segundo a Fraport Brasil, as operações no Porto Alegre Airport seguem suspensas, pelo menos, até 30 de maio, mas o prazo será prorrogado.