O Comitê de Avaliação e Prognóstico de Eventos Extremos da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) divulgou um boletim técnico, que versa sobre enchente que atinge o Estado. De acordo com o estudo, foi possível observar uma primeira elevação do nível do estuário da Lagoa dos Patos acima do máximo de inundação normal, com o ingresso de água em área urbana do município do Rio Grande, no final da rua Marechal Deodoro.
O Comitê de Avaliação e Prognóstico de Eventos Extremos da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) divulgou um boletim técnico, que versa sobre enchente que atinge o Estado. De acordo com o estudo, foi possível observar uma primeira elevação do nível do estuário da Lagoa dos Patos acima do máximo de inundação normal, com o ingresso de água em área urbana do município do Rio Grande, no final da rua Marechal Deodoro.
O primeiro gráfico apresentado neste relatório faz menção ao nível da água no estuário, e que registra a primeira ultrapassagem da cota limite (1,56 metros). O comitê, em seu parecer, associa este aumento ao transporte de água das microbacias mais próximas da região - que também sofreram precipitações intensas na última semana. Essa captação e o comportamento do vento, que oscilou do sudeste para leste-nordeste, vêm produzindo o efeito, que, destaca-se, ainda não é ocasionado pelas águas que afetam todo o sistema no limite norte da Lagoa.
O comitê utiliza, para suas previsões, um modelo digital do terreno de todo o município do Rio Grande, com alta resolução na cidade sede e no Balneário Cassino. A prefeitura de Rio Grande está atuando de forma preventiva para remover as pessoas em áreas de risco na Ilha da Torotama. Neste domingo será feito o resgate também na Ilha dos Marinheiros e Ilha do Leonídeo. Até o momento, já foram retiradas 56 pessoas de forma preventiva e voluntária.
O ônibus para resgate é um veículo escolar disponibilizado prefeitura. O coletivo está fazendo o mesmo trajeto da linha do transporte público da Torotama até a zona central do município. Pessoas que em situações que necessitam de cuidados especiais estão sendo transportadas no veículo da Defesa Civil ou pelo Núcleo de Transportes.
Em São José do Norte, a cota no estuário foi suficiente para produzir alagamento na rua Álvaro Costa, que é o logradouro limite da orla do centro histórico, faixa em que estão localizados os terrenos mais baixos da mancha urbana da cidade. Da mesma forma, alguns trechos das ruas Conde de Porto Alegre, Almirante Tamandaré e João Antônio da Silveira - onde se formam as filas de carros da balsa - foram alagados nesse primeiro movimento.