Porto Alegre,

Publicada em 28 de Maio de 2024 às 18:52

Agudo ainda tem 50 famílias ilhadas três semanas após as enchentes

Interior do município foi o mais prejudicado com as chuvas; resgate só pode ser feito por via terrestre

Interior do município foi o mais prejudicado com as chuvas; resgate só pode ser feito por via terrestre

PREFEITURA DE AGUDO/DIVULGAÇÃO/CIDADES
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Gabriel Dias
A cidade de Agudo, na Região Central do Rio Grande do Sul, vive as consequências das fortes chuvas que atingiram o Estado no começo de maio. O município de 16 mil habitantes viu a sua zona rural ser desmantelada pelas enchentes e pelos deslizamentos de terra. Nos primeiros dias de inundação, cerca de 600 pessoas foram resgatadas pela prefeitura, em conjunto da Defesa Civil Estadual e da Base Aérea de Santa Maria. Nesta terça-feira (28), três semanas depois do início da maior catástrofe ambiental da história do Estado, Agudo ainda registra 50 famílias ilhadas em locais de difícil acesso.
A cidade de Agudo, na Região Central do Rio Grande do Sul, vive as consequências das fortes chuvas que atingiram o Estado no começo de maio. O município de 16 mil habitantes viu a sua zona rural ser desmantelada pelas enchentes e pelos deslizamentos de terra. Nos primeiros dias de inundação, cerca de 600 pessoas foram resgatadas pela prefeitura, em conjunto da Defesa Civil Estadual e da Base Aérea de Santa Maria. Nesta terça-feira (28), três semanas depois do início da maior catástrofe ambiental da história do Estado, Agudo ainda registra 50 famílias ilhadas em locais de difícil acesso.
Cerca de 16 pontes e passarelas foram destruídas em decorrência das chuvas e da elevação dos rios que banham a região. Com o rompimento do acesso por vias terrestres, 50 famílias estão isoladas no interior do município, dependendo de botes e helicópteros em casos de emerência. A prefeitura confirmou que um helicóptero faz o transporte de mantimentos para estas famílias para garantir a liberação de acessos e de rotas alternativas aos locais mais afetados pelas enchentes, o poder Executivo realizou a contratação emergencial de 5 mil horas-máquinas.
A prefeitura de Agudo afirma que 350 familias ficaram desabrigadas e foram realocadas em alojamentos provisórios construídos na cidade ao longo das últimas semanas. O Ginásio Municipal chegou a abrigar cem pessoas simultâneas, mas grande parte dos resgatados seguiram para casas de familiares ou encontraram nova residência na região.
Um dos pontos de maior atenção para a prefeitura da cidade é a reconstrução das estradas estaduais na região da Quarta Colônia, em especial da ERS 348, que liga Agudo à Dona Francisca. As chuvas do início do mês de maio causaram o colapso de parte do asfalto dessa rodovia, bloqueando o trânsito na região. Além dos danos na ERS 348, a rota alternativa de desvio por estrada de chão também foi severamente afetada.
No dia 23, a empresa RGS foi autorizada a realizar os serviços de reconstrução temporária de uma das vias, enquanto um estudo de engenharia será conduzido para definir a nova obra do asfalto que cedeu. Outro ponto relevante é o restabelecimento da energia em pontos da cidade. A RGE, concessionária responsável pelo serviço de distribuição de energia elétrica na região, aponta que 67 residências ainda estão sem acesso à luz.

As perdas ainda estão sendo calculadas, mas os relatórios preliminares realizados em Agudo estimam que a agricultura foi fortemente afetada, com o prejuízo chegando na casa dos R$ 120 milhões em safra. Aos poucos, a cidade tenta restabelecer as operações rotineiras. Nesta segunda-feira, a empresa Flecha Verde voltou com o transporte coletivo. As aulas nas escolas municipais também foram retomadas. Na última quarta-feira, cerca de 1600 alunos retornaram às aulas.
 

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