Porto Alegre,

Publicada em 23 de Maio de 2024 às 14:00

Vila Mariante teve 80% das casas destruídas em Venâncio Aires

Roni Silva viu a água atingir o teto da casa onde morava

Roni Silva viu a água atingir o teto da casa onde morava

MATHEUS MARIA/DIVULGAÇÃO/CIDADES
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Liliane Moura
“A gente tem uma vida inteira para dedicada de repente vai tudo por água abaixo. Eu não sei o que dói mais, porque é uma vida toda”, lamenta Roni Silva, 66 anos, um dos moradores do Distrito de Mariante, em Venâncio Aires, que teve toda a sua residência perdida pelas aguas do Rio Taquari. A região foi uma das mais afetadas pela cheia que atingiu a cidade do Vale do Rio Pardo.

“A gente tem uma vida inteira para dedicada de repente vai tudo por água abaixo. Eu não sei o que dói mais, porque é uma vida toda”, lamenta Roni Silva, 66 anos, um dos moradores do Distrito de Mariante, em Venâncio Aires, que teve toda a sua residência perdida pelas aguas do Rio Taquari. A região foi uma das mais afetadas pela cheia que atingiu a cidade do Vale do Rio Pardo.
As estruturas, o teto e a garagem da casa em que Roni mora foram complemente comprometidos tornando, assim, a sua casa inabitável. No local, além dele, morava a esposa, um filho e um neto. Eles conseguiram salvar alguns itens domésticos, como o fogão e a geladeira, e foi para a casa do seu filho, que fica na região central de Venâncio Aires.
“A água foi até o teto e isso nunca tinha acontecido”, lamenta. A estimativa é que 80% residências que existiam em Vila Mariante tenham sido destruídas pelas fortes chuvas que castigam os gaúchos desde o início de maio.
O morador conta que alguns moradores resistiram em sair das suas moradias e por isso precisaram ser resgatados. “Alguns familiares ficaram 24 horas em cima do telhado", revela. Roni, que é professor de matemática, trabalhava na Escola Estadual Mariante, também destruída pela enxurrada. “Minha mãe com 90 anos estudou lá, eu estudei. Minhas irmãs estudaram, meus filhos estudaram, meu neto estudou hoje, minha mãe trabalhou nela e eu trabalho nela. Então tem uma história nossa e da comunidade com ela”, comenta.
Além das residências e do colégio, o distrito de 1,5 mil habitantes teve perda de comércios, posto de gasolina, estradas e posto de saúde foram totalmente destruídos. “Todos foram afetados. Alguns mais que outros, mas todos tiveram que sair das suas casas”, comenta. Era uma comunidade bem unida e está tudo destruído. O sentimento de perda por tudo o que a gente fez”, comenta.

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