Porto Alegre,

Publicada em 10 de Maio de 2024 às 19:15

Cruzeiro do Sul quer comprar área para realocar moradores atingidos por enchente

Cerca de 60% da área urbana da cidade do Vale do Taquari foi atingida pela enchente, segundo a prefeitura

Cerca de 60% da área urbana da cidade do Vale do Taquari foi atingida pela enchente, segundo a prefeitura

PREFEITURA DE CRUZEIRO DO SUL/DIVULGAÇÃO/CIDADES
Compartilhe:
jornal cidades
O município de Cruzeiro do Sul, no Vale do Taquari, irá necessitar entre R$ 10 a 15 milhões somente para fazer a aquisição de uma área de terra para realocar famílias desalojadas com a enchente que atingiu a cidade, em maio. Cerca de 60% da área urbana da cidade foi arrasada por aquela que é considerada a maior tragédia climática do Estado. Três bairros foram destruídos quase que em sua totalidade pela força das águas.
O município de Cruzeiro do Sul, no Vale do Taquari, irá necessitar entre R$ 10 a 15 milhões somente para fazer a aquisição de uma área de terra para realocar famílias desalojadas com a enchente que atingiu a cidade, em maio. Cerca de 60% da área urbana da cidade foi arrasada por aquela que é considerada a maior tragédia climática do Estado. Três bairros foram destruídos quase que em sua totalidade pela força das águas.
"Ainda não realizamos um cálculo total de tudo aquilo que o município irá necessitar para a sua reconstrução", cita o secretário de Administração e Finanças de Cruzeiro do Sul, Leandro Luis Johner. Ele diz que, no momento, a grande preocupação é em como alojar ao redor de 1 mil famílias desabrigadas.
De acordo com o secretário, o Executivo municipal está em busca destas áreas de terras que sejam compatíveis para realocar as comunidades que foram impactadas. São, ao menos, três bairros da cidade que foram severamente destruídos. "Nós necessitamos de um local seguro e longe das enchentes. Estamos decretando duas áreas para uso público, sendo que o passo seguinte será de reestruturar os bairros destruídos", explica.
A área em questão, para os novos bairros, deverá ser de 60 hectares para construir no mínimo, segundo Johner, mil lotes. Já a questão envolvendo o valor orçamentário necessário para reconstrução de Cruzeiro do Sul, preocupa o poder executivo local. Segundo o secretário, o município, que tem pouco mais de 12 mil habitantes, não dispõe destes recursos e eles deverão vir de fora para aquisição da área de terra pretendida.
"Os empresários estão se mobilizando; os governos, nas diferentes esferas estão também, porém, sabemos que foram mais de 300 municípios gaúchos atingidos por este cenário das enchentes e nós estamos um pouco temerosos em relação a destinação dos recursos do governo federal", cita.
Uma das iniciativas para evitar futuras tragédias é impedir que as áreas atingidas pela enchente sejam reutilizadas para a construção de novas moradias. "O promotor da nossa comarca esteve, na manhã da sexta-feira (10) e deve expedir um ofício inviabilizando a construção nestas áreas de risco", lembra. Ele acrescenta que nos últimos sete meses ocorreram três enchentes, com o nível das águas acima dos 30 metros. "Toda a parte central do município foi atingida, sendo que a água invadiu a prefeitura, até três metros de altura. O comércio, com um todo, foi prejudicado", relata.
O secretário informa que o município está recebendo doações humanitárias. No momento, há cerca de 800 pessoas em seis abrigos. Ele explica o município precisa ainda alocar no mínimo mais 100 famílias. "Nesta enchente, Cruzeiro do Sul foi o município da região do Vale do Taquari, o mais atingido em proporção e pelo tamanho da destruição", destaca.
O município também amarga perdas na agricultura. Ele cita que dois mil animais, entre os quais bovinos, ovinos, suínos e aves, devam ter morrido por conta da enxurrada. Além disso, há áreas que ficaram impróprias para a plantação por algum tempo
 

Notícias relacionadas