Com obras iniciadas em 2015, a Perimetral Oeste em Canoas, considerada uma das principais obras da cidade para desafogar o trânsito em bairros tem apenas dois dos oito lotes concluídos. O projeto inteiro tem uma extensão de 8,2 quilômetros, e a via está sendo construída paralela à BR-448. De acordo com o cronograma da prefeitura, e a previsão de entrega total da via é para o final de 2025.
Apenas os dois primeiros lotes estão prontos. As extensões 7, da avenida Engenheiro Irineu de Carvalho Braga, entre a Casa de Bombas do Arroio Araçá e a rua Hermes da Fonseca e 8, que vai da avenida José de Alencar até a Irineu Carvalho têm previsão de término para junho deste ano, enquanto o trecho 4, que abrange a avenida República entre as ruas Coronel Vicente há a expectativa de conclusão para setembro.
Os lotes 3 - que corresponde a rua República entre a José Veríssimo e a Coronel Vicente -, o 5 - entre as ruas Coronel Vicente e Afonso Pena - e 6 - na rua Roberto Francisco Behrens - estão em fase de licitação do projeto das obras, de acordo com o secretário de Obras de Canoas, Guido Bamberg. Ele diz ainda que depois de prontas, as construções trarão mais fluidez, agilidade e qualidade no trânsito do município. Atualmente, o trajeto do bairro Mathias Velho, um dos principais da cidade, até Porto Alegre é realizado pela BR-116 e percorrido aproximadamente em uma hora.
"De Canoas a Porto Alegre haverá a redução de 50% a 60% de tempo no trânsito, no mínimo. Isso porque o acesso à BR-448 será muito rápido. O principal objetivo é melhorar a qualidade e agilidade do trânsito", diz o secretário de obras. Junto a isso, os bairros Mathias Velho, Rio Branco, Fátima, Mato Grande e Harmonia que estão diretamente envolvidos e poderão ser cruzados de norte a sul em 10 a 15 minutos, de acordo com o executivo. Além da construção da via, as margens da Perimetral Oeste terão espaços como quadras esportivas, academias ao ar livre, espaços de convivência, ciclovia ao longo de toda Perimetral.
Até então foram investidos R$ 93 milhões para as obras, de acordo com o secretário de obras Guido Bamberg. Além disso, que mais R$ 20 milhões devem ser aplicados para a conclusão. Por enquanto apenas os lotes 1 e 2 estão concluídos. O lote 1 liga a rua República, entre a Curitiba e a Florianópolis, e, o 2, da Florianópolis com José Veríssimo, respectivamente. Ambos correspondem a uma área no total 1,6 km.
Já o lote 7 está 76% das obras concluídas. O término das intervenções está previsto para junho deste ano. O principal desafio no momento do trecho, que é o mais o mais longo de todos, com 2.280 metros, é a remoção da rede elétrica no meio da via para concluir uma nova ponte no local. "Estamos em conversa com a RGE. Irei em uma reunião nesta semana para falar o assunto e alinharmos os prazos dos trabalhos e não atrasar as entregas", comenta o secretário de obras.
Em estágio parecido, também, com o mesmo período de conclusão das reformas (junho deste ano) se encontra o trecho 8, com 66% das intervenções realizadas da área de 2 mil metros. A diferença, no entanto, é que o lote é o único binário - via de mão dupla. Isso irá exigir mudança no comportamento dos motoristas de automóveis individuais e de transporte público.
Por sua vez, o lote 4, que abrange a avenida República entre as ruas Coronel Vicente, está com as obras em execução. O início das obras dos 500 metros ocorreu em março e tem prazo até setembro para a sua finalização. O desafio é semelhante ao trecho 7, o remanejo da rede elétrica que também será tratado em reunião com a concessionária responsável RGE.
O trecho 5, entre a rua República entre a Coronel Vicente e Afonso Pena que corresponde a 800 metros também está em fase de contratação. O prazo do projeto é para o primeiro semestre deste ano, e o começo das intervenções para o ano que vem. Também em fase de contratação de projeto no primeiro semestre se encontra o trecho 6. Neste espaço são necessários as desapropriações de 16 residências. Sobre este desafio da remoção das famílias de suas casas, Bamberg aborda que nem todos os moradores aprovaram os valores propostos pela prefeitura, o que dificulta o andamento das intervenções na Perimetral.