O município de Tenente Portela, na região Noroeste do Rio Grande do Sul, atingiu a marca de 506 confirmados de dengue somente no mês de janeiro. Destes, apenas dois não foram contraídos na cidade - ou seja, são autóctones - conforme o painel de casos de dengue da Secretaria Estadual da Saúde (SES). Para efeito de comparação, a cidade, que tem 14 mil habitantes teve 45 casos durante todo o ano de 2023.
Questionada sobre o alto número de pessoas infectadas na cidade somente no primeiro mês de 2024, a secretária de Saúde e Saneamento de Tenente Portela,, Lisete Cristina, afirmou "não saber com precisão" quais os motivos que levaram o pequeno município a ter essa escalada de casos. "A gente está levando em consideração o que o Estado informa, sobre a questão da chuva e das ondas de calor", comenta. Segundo ela, "se o município soubesse o motivo, teria agido para evitar o quadro".
Além disso, a secretária aborda que não há um foco de contaminação, mas sim a situação está generalizada na cidade inteira. De acordo com a chefe da pasta, a cidade não tem histórico de muitos casos dengue em outros anos e não há casos graves - como dengue hemorrágica - no município.
Para lidar com a problemática, o prefeito da cidade, Rosemar Sala participou da reunião com a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann na quarta-feira (31). De acordo com o governo estadual, entre as medidas definidas estão a conscientização da população e a aquisição de matérias para para borrifar inseticidas que eliminam o mosquito.
Segundo a bióloga do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Valeska Lizzi Lagranha, com as chuvas ocorrem enchentes nos municípios, que vieram a acumular entulhos. "Se não são retirados pelos moradores em qualquer chuva acumula água de novo. E isso vira um criadouro para o mosquito desenvolver seus ovos e larvas", analisa Valeska. Segundo ela, as regiões que necessitam uma maior atenção são a Noroeste (onde está Tenente Portela) e a Norte do Estado.
Ela ainda ressalta a reintrodução de variantes do vírus dengue que estão reaparecendo no Brasil, como o DENV-3, registrado após 15 anos sem circulação no Brasil, e o sorotipo dengue 4 DENV-4, que há cinco anos não se tinha notícia. "Ter a circulação de mais de um sorotipo no município significa que uma pessoa que já teve dengue poderá se infectar novamente. Nessa segunda infecção o paciente pode precisar de uma hospitalização. Por isso a importância de a rede de atenção estar sensibilizada para manejar essa paciente já no início dos sintomas", analisa.
Em um mês, Barra do Guarita está perto de atingir infectados de 2023
Outra cidade da região noroeste que também sofre com os casos de dengue é o município da Barra do Guarita. A cidade, que fica a 30 quilômetros de Tenente Portela, é a segunda do Estado em casos confirmados, com 268 infectados somente em janeiro deste ano, de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (SES). Um cenário semelhante ao município vizinho ocorre na cidade, pois apenas três casos são importados.
O município de 3,1 mil habitantes, durante todo o ano de 2023, teve 285 casos infectados. E, em 2022, 62 pessoas com o vírus da dengue. Não houve óbitos em ambos os anos. "Nós tivemos quatro enchentes no final do ano passado. Depois das chuvas realizamos a limpeza dos entulhos e destroços", explica Arnildo Weber, secretário municipal de Saúde, sobre o crescimento da proliferação do mosquito.
Para evitar a proliferação do inseto, na semana passada, a prefeitura aplicou inseticidas nas ruas e vias da cidade. "Aplicamos fumacê em todas as residências das casas, nas bocas de lobo, tudo para evitar que mais mosquitos contaminados apareçam", comenta Weber.
O município de 3,1 mil habitantes, durante todo o ano de 2023, teve 285 casos infectados. E, em 2022, 62 pessoas com o vírus da dengue. Não houve óbitos em ambos os anos. "Nós tivemos quatro enchentes no final do ano passado. Depois das chuvas realizamos a limpeza dos entulhos e destroços", explica Arnildo Weber, secretário municipal de Saúde, sobre o crescimento da proliferação do mosquito.
Para evitar a proliferação do inseto, na semana passada, a prefeitura aplicou inseticidas nas ruas e vias da cidade. "Aplicamos fumacê em todas as residências das casas, nas bocas de lobo, tudo para evitar que mais mosquitos contaminados apareçam", comenta Weber.
Cuidar os recipientes com água parada é necessário para evitar surgimento do mosquito
O mosquito Aedes aegypti é responsável pela transmissão da dengue, zika vírus, chikungunya e febre amarela. O acumulo de água parada é o criadouro dos ovos e das lavas do inseto. Para evitar a propagação do agente do vírus, uma série de ações são recomendadas. Por exemplo, colocar areia nos pratos e vasos das plantas.
Além disso, trocar a água duas vezes por semana dos vasos de flores ornamentais, lavando e esfregando o mato com bucha e sabão. "Não adianta só matar o mosquito que está voando se a gente não eliminar o foco destes mosquitos que são os recipientes de água parada", afirma Valeska Lizzi Lagranha.
Também, cobrir pneus, tampe caixas d'água, cisternas, piscinas ou outros locais com água parada não tratada é necessário. Guardar garrafas vazias de cabeça para baixo e em local protegido pelas chuvas, tratar a água das piscinas regulamente. Lavar os bebedouros dos animais com escova e bucha.
O período de chuvas que o Rio Grande do Sul viveu, sobretudo desde setembro, com a primeira grande tempestade, pode ter contribuído para a escalada de dengue. Isso porque locais abandonados não recebem a mesma manutenção acerca da água parada, ideal para se tornar um criadouro do mosquito. "Basta um recipiente pequeno para a proliferação do inseto", ressalta a bióloga Valeksa. .
Além disso, trocar a água duas vezes por semana dos vasos de flores ornamentais, lavando e esfregando o mato com bucha e sabão. "Não adianta só matar o mosquito que está voando se a gente não eliminar o foco destes mosquitos que são os recipientes de água parada", afirma Valeska Lizzi Lagranha.
Também, cobrir pneus, tampe caixas d'água, cisternas, piscinas ou outros locais com água parada não tratada é necessário. Guardar garrafas vazias de cabeça para baixo e em local protegido pelas chuvas, tratar a água das piscinas regulamente. Lavar os bebedouros dos animais com escova e bucha.
O período de chuvas que o Rio Grande do Sul viveu, sobretudo desde setembro, com a primeira grande tempestade, pode ter contribuído para a escalada de dengue. Isso porque locais abandonados não recebem a mesma manutenção acerca da água parada, ideal para se tornar um criadouro do mosquito. "Basta um recipiente pequeno para a proliferação do inseto", ressalta a bióloga Valeksa. .
Em um mês, Barra do Guarita está perto de atingir infectados de 2023
Enchentes do segundo semestre teriam causado surto no município
Prefeitura de Barra do Guarita/DIVULGAÇÃO/CIDADES
Outra cidade da região noroeste que também sofre com os casos de dengue é o município da Barra do Guarita. A cidade, que fica a 30 quilômetros de Tenente Portela, é a segunda do Estado em casos confirmados, com 268 infectados somente em janeiro deste ano, de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (SES). Um cenário semelhante ao município vizinho ocorre na cidade, pois apenas três casos são importados.
O município de 3,1 mil habitantes, durante todo o ano de 2023, teve 285 casos infectados. E, em 2022, 62 pessoas com o vírus da dengue. Não houve óbitos em ambos os anos. "Nós tivemos quatro enchentes no final do ano passado. Depois das chuvas realizamos a limpeza dos entulhos e destroços", explica Arnildo Weber, secretário municipal de Saúde, sobre o crescimento da proliferação do mosquito.
Para evitar a proliferação do inseto, na semana passada, a prefeitura aplicou inseticidas nas ruas e vias da cidade. "Aplicamos fumacê em todas as residências das casas, nas bocas de lobo, tudo para evitar que mais mosquitos contaminados apareçam", comenta Weber.
Cuidar recipientes com água parada é necessário para evitar surgimento do mosquito
O mosquito Aedes aegypti é responsável pela transmissão da dengue, zika vírus, chikungunya e febre amarela. O acumulo de água parada é o criadouro dos ovos e das lavas do inseto. Para evitar a propagação do agente do vírus, uma série de ações são recomendadas. Por exemplo, colocar areia nos pratos e vasos das plantas.
Além disso, trocar a água duas vezes por semana dos vasos de flores ornamentais, lavando e esfregando o mato com bucha e sabão. "Não adianta só matar o mosquito que está voando se a gente não eliminar o foco destes mosquitos que são os recipientes de água parada", afirma Valeska Lizzi Lagranha.
Também, cobrir pneus, tampe caixas d'água, cisternas, piscinas ou outros locais com água parada não tratada. Guardar garrafas vazias de cabeça para baixo e em local protegido pelas chuvas, tratar a água das piscinas regulamente. Lavar os bebedouros dos animais com escova e bucha.
O período de chuvas que o Rio Grande do Sul viveu, sobretudo desde setembro, com a primeira grande tempestade, pode ter contribuído para a escalada de dengue. Isso porque locais abandonados não recebem a mesma manutenção acerca da água parada, ideal para se tornar um criadouro do mosquito. "Basta um recipiente pequeno para a proliferação do inseto", ressalta a bióloga Valeksa. .