A região do Vale do Rio Pardo foca no turismo rural a fim de expandir o potencial da região. A prática cresceu na pandemia da Covid-19, e as atividades como praticar o cicloturismo, realizar caminhadas e apreciar as belezas naturais têm levado mais turistas para a região, atraindo a estes espaços quem antes buscava o lazer até mesmo fora do Estado.
De acordo com o presidente da Associação de Turismo da Região do Vale do Rio Pardo (Aturvarp), Djalmar Ernani Marquardt, com as restrições de aglomeração da pandemia, que duraram cerca de dois anos, muitas pessoas viajaram sozinhas, com a família ou em pequenos grupos - de carro ou bicicleta - para ter contato com a natureza. Ele entende que, inclusive, essa é uma tendência que se continuará nos próximos anos.
A entidade de turismo contempla os municípios de Candelária, Encruzilhada do Sul, Herveiras, Mato Leitão, Pantano Grande, Passo do Sobrado, Rio Pardo, Santa Cruz do Sul, Sinimbu, Vale Verde, Vale do Sol, Venâncio Aires e Vera Cruz. A instituição mapeou os 44 pontos turísticos a serem visitados na região do Vale do Rio Pardo. "Nossa geografia é formada por cascatas, lagos, rios e espaços de contemplação à natureza que combinam perfeitamente com os programas de férias de verão. São opções acessíveis, de curto deslocamento e que permitem uma experiência diferenciada ao visitante", comenta Marquardt.
Entre os lugares mais visitados no Vale do Rio Pardo estão o Balneário Carlos Larger, conhecido como Prainha, em Candelária, Balneário Monte Alegre, em Vale Verde, o Balneário do Passo do Guarda, em Encruzilhada do Sul e o Sítio Sete Águas em Santa Cruz do Sul. A região conta, também, sítios, com açudes, rios, restaurantes, museus e campings. "Nós temos mais de 100 atrações. Entre sítios que oferecem café colonial e espaços de hospedagem em meio a natureza", afirma Flávio Wunderlich, turismólogo.
Além disso, o Vale do Rio Pardo tem o circuito de cicloturismo Raízes Coloniais, que contempla nove municípios com ponto de partida e chegada em Santa Cruz do Sul. O trajeto, com aproximadamente 300 quilômetros de extensão, é percorrido em cinco dias e oferece aos turistas de duas rodas 10 restaurantes e seis pousadas no percurso.
Há também projeto para realização do mesmo percurso a pé. "E o que se leva em torno de cinco dias para fazer de bicicleta todo o trajeto, se for um grupo de caminhantes levará de 12 a 15 dias para realizar o mesmo caminho", analisa o presidente da Aturvarp. O projeto ainda não tem data para a elaboração.
O turismo rural também é uma fonte de renda extra para os pequenos agrícolas e proprietários da região. Por causa disso, seminários para a capacitação dos empreendedores e da comunidade são realizados anualmente pela Emater/RS. Entre os temas abordados, recepção dos turistas, ajardinamento e segurança alimentar, a fim de qualificar os trabalhadores do setor.