O município de Lajeado foi contemplado em dois projetos e irá receber recursos federais para a construção de 300 residências destinadas a pessoas que tiveram sua residência destruída com a enchente ou para famílias de baixa renda.  Os 300 imóveis serão construídos em formato de loteamento, em residências (não prédios), localizados fora das cotas de inundação.

O projeto regular do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) será implantado em 3 terrenos no bairro Igrejinha e em 2 terrenos no Santo Antônio. Já o MCMV - Calamidade, voltado a quem perdeu casa na enchente, será distribuído em oito terrenos localizados nos bairros Conventos (2 terrenos), Jardim do Cedro (1), Morro 25 (2) e Conservas (3).

"Este é um projeto importante para que a cidade consiga se restabelecer após as grandes cheias que atingiram o município em setembro e novembro. Serão 300 novas moradias que servirão para amenizar as perdas destas famílias. Estamos trabalhando para reduzir o número de pessoas impactadas no nosso município, e este projeto é essencial para isso", ressalta o prefeito Marcelo Caumo.

A lista dos beneficiados será definida pelo município, dentro dos critérios estabelecidos pela Caixa, a partir de cadastro da assistência social. O projeto do formato final das construções ainda será definido. O recurso é encaminhado pela União para a Caixa Econômica Federal, e o município faz a licitação para a contratação da empresa que fará a obra. Os pagamentos da construção são feitos pela Caixa. No caso do MCMV - Calamidade, as residências não tem custo para os futuros proprietários.

No evento, foram anunciadas 187,5 mil novas unidades habitacionais do MCMV para famílias da faixa 1. São mais de 1.200 empreendimentos em 560 municípios do país. Do total, 184 mil unidades são destinadas a famílias integrantes dos cadastros habitacionais em todos os estados brasileiros. As demais 3 mil unidades serão destinadas a famílias que tenham perdido seu único imóvel por emergência ou estado de calamidade pública, ou pela realização de obras públicas federais.

Já em Caxias do Sul, na Serra, serão 440 novas casas populares em breve, que reduzirão o déficit habitacional da cidade, com a inclusão do município e dos projetos dos loteamentos San Gennaro 1 e San Gennaro 2 nos projetos do governo federal. "O anúncio feito pelo governo federal é um alento, pois há vários anos não tínhamos lançamentos dessa natureza para combater o déficit de moradia. É uma notícia muito importante", declarou o prefeito Adiló Didomenico.

A principal cidade do Interior gaúcho não tinha entregas na área há seis anos, desde a conclusão do Residencial Rota Nova, em 2017.  "A gente, não só eu, mas toda a equipe da Secretaria da Habitação, recebeu essa notícia com empolgação. O grupo tem se dedicado muito na elaboração dos projetos", argumentou o secretário municipal da Habitação, Wagner Petrini. A pasta lançou em agosto o programa Habita Caxias, no qual os projetos incluídos no Minha Casa, Minha Vida são uma das quatro faces de trabalho para aplacar a carência da cidade em moradias populares. "Nosso próximo passo é reunir a documentação necessária para dar segmento ao processo de contratação do programa", explicou Petrini.

As 200 moradias do loteamento San Gennaro 1 estarão divididas em 10 blocos habitacionais. Já as outras 240 do San Gennaro 2 serão distribuídas em outros 12 blocos. Cada unidade terá um custo de R$ 154 mil. A contrapartida de Caxias do Sul é a cedência da área para a construção. O município também precisará fazer a infraestrutura do terreno que irá receber os loteamentos.

A cidade da Serra gaúcha também foi contemplada no projeto A Casa é Sua, do governo estadual. As 227 unidades de Caxias do Sul do programa estão mais perto de se concretizarem. A assinatura do convênio pelo governador Eduardo Leite, pelo prefeito Adiló Didomenico, e pelo secretário de Habitação, Wagner Petrini, ocorre nesta sexta-feira (24), em Porto Alegre. Cada casa de alvenaria terá um valor de R$ 130 mil por unidade, sendo que, deste valor, R$ 80 mil serão bancados pelo governo do Estado (com um total de R$ 18.480 milhões) e a contrapartida restante de R$ 50 mil (R$ 11.350 milhões) pela prefeitura para a construção das habitações.