O Hospital Sapiranga realizou uma reunião para apresentar à comunidade e entidades da região o 1º Jantar Beneficente em prol da UTI Neonatal. O evento pretende arrecadar recursos a estrutura, que oferece cuidados essenciais para recém-nascidos. O evento está marcado para o dia 10 de novembro de 2023, com recepção no H Ville Espaço Multieventos, O valor individual do jantar, que inclui bebida, é de R$ 350,00, valor este que será revertido totalmente como doação para a instituição.
O presidente do Hospital Sapiranga, João Edmar Wolff, recorda sobre a necessidade deste serviço. "Quando assumimos a administração do hospital, uma de nossas metas primordiais era a criação da UTI Neonatal. Isso se devia a um problema crucial que enfrentávamos na época: a dificuldade de transferir recém-nascidos para tratamento adequado. Naquele tempo, cerca de 1.500 crianças nasciam anualmente em nossa região, e 10% delas precisavam de atendimento especializado. Infelizmente, não tínhamos estrutura e profissionais capacitados para atender os recém nascidos e por vezes perdíamos crianças em algumas situações", afirmou.
A diretora do Hospital Sapiranga, Elita Herrmann, salienta a unidade registra um déficit anual de aproximadamente R$ 1,2 milhões. "O Sistema Único de Saúde (SUS) cobre, em média, R$ 600 por diária, enquanto nossos custos são de aproximadamente R$ 2 mil, o que resulta em um déficit diário de R$ 1.400 para cada paciente do SUS. Contamos com seis leitos para pacientes do SUS e quatro para convênios e pacientes privados. No entanto, muitas vezes nos deparamos com situações desafiadoras tendo bebês para atendimento muito acima da capacidade instalada, o que aumenta ainda mais nosso déficit", disse.
O Hospital Sapiranga recentemente lançou uma iniciativa de arrecadação de recursos através da conta de energia, em parceria com o programa RGE nos Hospitais. A ideia foi criar faixas de doação, através da conta, para viabilizar o custeio da UTI. O município também tem recebido recursos extras do município e da Câmara de Vereadores de Araricá, mas insuficientes para cobrir o déficit.