A consulta pública e as audiências públicas sobre a ocupação do complexo da Maesa, em Caxias do Sul, trouxeram contribuições entre críticas, sugestões e elogios sobre a proposta original. Paralelamente, a situação financeira do município teve um agravamento, que culminou com a comunicação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) alertando sobre o limite prudencial (teto de percentual do orçamento para folha de pessoal). Desta forma, o Executivo entendeu como melhor caminho readequar o projeto e iniciar a ocupação de forma parcial.
Um dos pontos praticamente unânimes nas contribuições é a instalação de um Mercado Público no complexo e por isso optou por iniciar por esta estrutura. "Fizemos essa mudança em função do anseio que a comunidade tem de ocupação daquele espaço, do momento de dificuldade financeira pra execução do projeto completo e também levando em conta diversas sugestões construtivas que chegaram ao longo das audiências. Se resolveu executar o projeto de ocupação da Maesa em etapas. Então, a primeira etapa é essa que vai contemplar parcialmente o espaço com o Mercado Público", explica o prefeito, Adiló Didomenico.
Como o projeto de concessão passa a considerar área menor que a integralidade da Maesa, que era o objeto do projeto exposto em consulta pública, o Plano Geral de Ocupação merecerá atenção especial. Assim, considerando condições estabelecidas na Lei de Dação e do próprio patrimônio histórico, arquitetônico e cultural presente na Maesa, a Secretaria Municipal de Cultura passa a ser gestora do Plano.
"Assumiremos a gestão do plano geral de ocupação da Maesa. A ideia é que com essa readequação a gente possa voltar e estudar ali as vocações dos espaços, conforme previamente já divulgadas, para que a gente dê andamento então a esse projeto", explica a secretária de Cultura, Cristina Calcagnotto.