Diante de um montante de dívidas de mais de R$ 169 milhões, a prefeitura de Canoas tem enfrentado dificuldades para colocar a casa em dia em diversos setores, mas, em especial, na área da saúde. Tendo em vista o quadro preocupante, que se refere a manutenção dos repasses para os hospitais da cidade - para que esses continuem em pleno funcionamento - o prefeito Jairo Jorge recorreu ao governo do Estado e teve uma reunião com a secretária de Saúde, Arita Bergmann, em busca de alternativas e soluções para normalizar os atendimentos.
As três instituições da cidade (Hospital Universitário, Nossa Senhora das Graças e Pronto Socorro) são referências para 156 municípios. No encontro, o prefeito relatou sobre as dívidas identificadas e atualizou sobre os repasses que já conseguiu efetivar para que os hospitais não paralisem os serviços.
Durante a reunião, o prefeito salientou que mais de 33% dos pacientes são de outras cidades. "Agora é hora de união e esforço de todos. Estamos fazendo a nossa parte, economizando, buscando recursos, mas precisamos de ajuda. A situação é alarmante. Reclamar não resolve, então, estamos procurando soluções que nos ajudem a superar esse grave momento, principalmente na área da saúde", destacou Jairo.
Na reunião, a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, informou que o município irá receber R$ 3,8 milhões, entre recursos federais, do convênio do governo do Estado e do Tribunal de Justiça, para a redução de filas para tratamento e cirurgias em oncologia no hospital Nossa Senhora das Graças.
Nesta sexta-feira (12), o prefeito fez uma reunião com os três hospitais da cidade para intensificar as ações de recuperação das instituições. "O Hospital Universitário, por exemplo, está com as cirurgias eletivas suspensas desde 27 de abril. Estamos trabalhando para que até o próximo dia 20, que é o prazo da suspensão, consigamos organizar a instituição. Já o Gracinha recebeu um aporte de R$ 3,8 milhões, entre recursos federais, do convênio do Governo do Estado e do Tribunal de Justiça, para a redução de filas por tratamento e cirurgias em oncologia. Mas, infelizmente, o cobertor é curto. Vamos fazer todos os esforços para retomar a atividade plena dos três hospitais", frisou.