O prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico, recebeu uma comitiva de interessados em construir um complexo automobilístico na serra gaúcha, possivelmente em Canela. No encontro, os empreendedores buscaram informações sobre a situação do Aeroporto Regional, em Vila Oliva. A Federação Internacional de Automobilismo exige aeroportos próximos aos autódromos para certificá-los a receber competições internacionais.
O grupo esclareceu a intenção de que o complexo possa sediar um segundo Grande Prêmio de Fórmula 1 no Brasil, além da prova de Interlagos, em São Paulo. A proposta segue modelo praticado nos Estados Unidos, que sedia três etapas do calendário de 2023, nas cidades de Austin, Las Vegas e Miami.
O ex-piloto Rodrigo Stehling está à frente do projeto, que prevê a construção de museus e centros comerciais, empreendimentos imobiliários, hospital, hotéis temáticos, parques, campos de golfe, área de lazer, pista de kart e autódromo principal com estrutura completa de boxes. Conforme projeções, a presença da Fórmula 1 e outras categorias do automobilismo na região proporcionaria movim
entação financeira anual de até R$ 2 bilhões, levando em conta atrativos turísticos e a rede hoteleira. Em um primeiro momento, o complexo automobilístico seria instalado em uma área de 1 mil hectares. A apresentação para o prefeito de Caxias do Sul apontou que, em São Paulo, a F1 movimentou R$ 1,3 bilhão no ano passado.
A secretária municipal do Planejamento, Margarete Bender, explicou que a construção do aeroporto de Vila Oliva será instalado em um terreno com área total é de 450 hectares e que há possibilidade de ampliação da pista no futuro, se necessário. Atualmente o projeto encontra-se em análise da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), para emissão das licenças de instalação. Em relação aos acessos, apontou trajetos por meio dos distritos de Vila Seca e Santa Lúcia e uma ligação com Gramado. Adiló apontou ainda a possibilidade de um acesso viário por meio da ERS-453 (Rota do Sol).