A escassez de água está se agravando na região da Campanha gaúcha, mesmo após completados um mês do início do racionamento de água na cidade. A Barragem da Sanga Rasa, em Bagé, já está 6,40 metros abaixo do normal, nível preocupante para o Departamento de Água, Arroios e Esgoto de Bagé (Daeb). Como ação para amenizar os efeitos do racionamento, implantado há exatamente um mês, a autarquia investiu no apoio do abastecimento via caminhões-pipa.
No total, são quatro veículos que atendem as demandas urbanas e rurais. A grande novidade são duas pipas que foram confeccionadas a partir de um tanque inservível de 28 mil litros que havia sido doado anos atrás pela Receita Federal e estava parado por não ter carreta para transportar e por ser muito grande para manobrar. A partir deste, foram construídas duas pipas, uma de 10 mil litros e outra de 15 mil litros. O valor total pago foi de R$ 90 mil, o que causou uma economia para os cofres públicos, já que apenas um novo, de 10 mil litros, custaria R$ 150 mil.
Mesmo com o racionamento, o Daeb percebeu um aumento no consumo diário da população. Segundo dados de leitura de hidrômetros, em dezembro, a média diária de consumo foi de 17.051 metros cúbicos. Em janeiro, cresceu para 18.343 metros cúbicos e em fevereiro para 18.963 metros cúbicos - dados coletados até o dia 27 de fevereiro.
Assim, o Departamento alerta a população para este consumo elevado e para a escassez de chuvas que continua na cidade. Além da Sanga Rasa, as outras barragens também estão com níveis baixos. A do Piraí está com 3,70 metros negativos e a Emergencial está 60 centímetros aquém do normal.
O Daeb reforçou que está proibido o uso de água da rede pública para situações que não são prioritárias, como lavagens de veículos e troca de água das piscinas e reservatórios residenciais, de entidades ou clubes.