Rio Grande está entre as 10 localidades gaúchas aptas à produção e consumo de hidrogênio verde. O levantamento realizado pela consultoria McKinsey & Company, contratada pelo governo do Estado, foi apresentado em evento no Instituto Ling, na Capital. Além de Rio Grande, os municípios de Giruá, Uruguaiana, São Francisco de Assis, Dom Pedrito, Vila Nova do Sul, Cambará do Sul/Arroio do Sal, Porto Alegre, Mostardas e Santa Vitória do Palmar foram indicados com condições favoráveis a essa atividade.
O estudo levou em conta municípios características como disponibilidade de energia renovável, distância do ponto de demanda e infraestrutura, como linhas de transmissão de energia e usinas próximas. O porto e a geração de energia eólica são os grandes atrativos para que Rio Grande seja apontada como uma das principais cidades gaúchas na atração e desenvolvimento de empreendimentos que gerem esse combustível renovável.
De acordo com o prefeito do Rio Grande, Fábio Branco, a cidade está trabalhando em um plano para neutralizar a emissão de carbono nos próximos anos. "Foi firmado nesta quinta-feira um termo de colaboração entre prefeitura e governo do estado com o objetivo de prospectar oportunidades, seja pelo hidrogênio verde ou outras ações para efetivar um programa de desenvolvimento de empregos e renda", destaca.
A pesquisa revela ainda que o Estado poderá evitar até 8,4 milhões de toneladas de emissão de CO2 por ano até 2040. E dependendo das aplicações adotadas, os impactos positivos da cadeira do hidrogênio verde podem ser de R$3,7 bilhões e 2 mil empregos gerados a R$60 bilhões no PIB gaúcho e 40 mil empregos no mesmo período.
Para o hidrogênio ser considerado "verde", precisa ser produzido a partir de fontes renováveis de energia eólica e solar. A partir disso, se obtém o hidrogênio puro, possibilitando o armazenamento e geração de energia por meio de células de combustível em automóveis, caminhões e outros veículos de pequeno, médio e grande porte. Além disso, o material pode ser aproveitado na produção siderúrgica, química, petroquímica, agrícola, alimentícia e de bebidas e para aquecimento de edificações.