A soja lidera o faturamento da produção agropecuária de Bom Jesus. Em 2022, o grão somou R$ 122 milhões, enquanto que a maçã ficou em R$ 86 milhões. Na sequencia, aparecem os bovinos (R$ 85 milhões), batata (59 milhões), milho (R$ 52 milhões) e madeira (R$ 40 milhões).
Os dados apresentados pela Secretaria Municipal da Fazenda ainda revelam que, de 2021 para 2022, ocorreu um aumento no valor de produção do trigo de mais de 180%, passando de R$ 9 milhões para R$ 26,5 milhões. A cenoura teve um acréscimo de 135% em 2022 no comparativo com o ciclo anterior.
O somatório de todos os produtos agrícolas comercializados em Bom Jesus chega a R$ 520 milhões. Esses dados irão impactar de forma positiva no percentual de retorno do ICMS para o município em 2024 e 2025. A secretária da Fazenda, Recilia Ferreira Madeira, avalia que a em torno de 70% do ICMS em Bom Jesus tem como origem a produção primária. "Esse crescimento que verificamos especialmente em 2022 irá dar um impulso importante nas finanças do município. Mesmo como pós-pandemia, estiagem e os efeitos para o agro da guerra da Ucrânia o ano passado foi muito positivo para a produção local", comenta a secretária.
No último ano, Bom Jesus obteve um crescimento no índice de participação do ICMS que compreende o valor adicionado (valor da produção), a média de produtividade primária, número de propriedades rurais, população e área do município, entre outros itens. Em 2020, Bom Jesus ocupava a última posição entre as 10 cidades que compõem a Associação dos Municípios dos Campos de Cima da Serra (Amucser). Em 2022, o município está entre os três primeiros, com variação de 5,94%. O índice de participação do município será de 0,193195. A secretária Recilia destaca que o incremento neste índice se deve também ao fomento de projetos como adesão dos consumidores ao programa Nota Fiscal Gaúcha.