O Brasil terá mais um geossítio chancelado na Rede Internacional de Geoparques. De acordo com a dirigente da Comissão de Geoparques do Serviço Geológico do Brasil e professora de Geologia na Universidade Federal de Goiás (UFG), Joana Sánchez, o processo de análise do geoparque aspirante de Caçapava do Sul está nas últimas instâncias avaliativas da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). A divulgação oficial está prevista para maio deste ano.
Os geólogos representantes da entidade universal, Antônio Matencio, da Espanha; e Mahito Watanabe, do Japão, estiveram acompanhados da comissão do Geoparque Aspirante Caçapava, e do geólogo do SGB, Marcelo Goffermann, durante visita a geossítios, museus e prédios símbolos do patrimônio histórico e cultural do município, realizada em novembro Joana Sánchez explicou que a homologação de Caçapava do Sul, juntamente com a do Geossítio Quarta Colônia, em São João do Polêsine , abre portas para novos pedidos de análises para outros locais do país e "encorajam equipes que estão com os processos empacados.
Joana reforça a importância do reconhecimento dos geossítios pela Unesco para, também, integrar as comunidades aos locais turísticos. "O mais interessante é perceber que a população está voltando os olhos para a geologia. O geoparque tem um desenvolvimento sustentável direcionado à educação da população que habita o local, e isso aumenta significativamente o turismo e a maneira de conseguir arrecadar renda para a população", completou.
Reconhecidos pela Unesco, os geoparques são lugares com importância científica, cultural, paisagística, geológica, arqueológica, paleontológica e histórica. Pertencente ao bioma pampa, Caçapava do Sul apresenta rochas sedimentares marinhas e continentais com mais de 500 milhões de anos, e fósseis de animais extintos, especialmente as preguiças-gigantes.