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ESTIAGEM Notícia da edição impressa de 13 de Janeiro de 2023.

Seca afeta produção de frutas na área rural de Canela

Produção de maçãs é a mais prejudicada pela falta de chuvas, com prejuízo estimado em R$ 2,1 milhões

Produção de maçãs é a mais prejudicada pela falta de chuvas, com prejuízo estimado em R$ 2,1 milhões


/FERNANDO KLUWE DIAS/DIVULGAÇÃO/JC
A Prefeitura de Canela, em parceria com o escritório municipal da Emater e a Defesa Civil Municipal, monitora os impactos da seca sobre a produção agropecuária do município. Os produtores rurais já sentem o reflexo de perdas em algumas culturas de grãos como milho e feijão, além da fruticultura, produção de hortaliças e nas agroindústrias de origem vegetal.
A Prefeitura de Canela, em parceria com o escritório municipal da Emater e a Defesa Civil Municipal, monitora os impactos da seca sobre a produção agropecuária do município. Os produtores rurais já sentem o reflexo de perdas em algumas culturas de grãos como milho e feijão, além da fruticultura, produção de hortaliças e nas agroindústrias de origem vegetal.
Os últimos meses registraram baixa precipitação de chuva, principalmente em algumas localidades do interior. "Tivemos uma escassez de chuva em dezembro, tendo em paralelo cerca de dez dias com temperaturas elevadas. Isso provocou desidratação da folhagem das plantas, grande evaporação dos mananciais hídricos e concorrência de água por árvores de maior porte em detrimento à alimentação de córregos e fontes", avalia Alexandre Meneguzzo, extensionista rural agropecuário e chefe da Emater em Canela. No entanto, por ora, está descartado um decreto de situação de emergência na cidade.
No entanto, as perdas ainda são consideradas pontuais e não representam a realidade de todo município, afetando principalmente regiões com baixa altitude. A produção mais afetada é a de frutas cítricas, com perda estimada de 40%, representando um prejuízo de cerca de R$ 596.8 mil. Já a cultura com o maior prejuízo financeiro é a de maçã, com valor bruto de perda estimado em R$ 2.1 milhões, representando 20% da produção.
Em localidades como Morro Calçado, Tubiana, Banhado Grande, Rancho Jane, Canastra Alta, Caracol, Caçador, Bugres e Rancho Grande falta água para o consumo humano e dos animais. Para amenizar os prejuízos e o sofrimento dos agricultores, são realizadas 10 viagens por dia com um caminhão tanque, levando em torno de 60 mil litros de água para cerca de 80 famílias. "Este trabalho começou no início de dezembro e segue ocorrendo diariamente. A primeira viagem é no início da manhã e muitas vezes seguimos trabalhando até a noite. Não vamos deixar os nossos produtores rurais desamparados neste momento difícil", destaca o secretário de Obras, Marcelo Savi.
O secretário de Governança, Gilmar Ferreira e o secretário Adjunto de Assistência Social e responsável pela Defesa Civil no município, Jonas Bernardo, receberam no Paço Municipal o coordenador regional da Defesa Civil, tenente-coronel Sandro Carlos Gomes Gonçalves Dias e o coordenador adjunto do órgão, tenente Ricardo Bassan. Além da situação provocada pela seca, na reunião também foi debatida a necessidade de estruturação da Defesa Civil municipal. Conforme o secretário Gilmar Ferreira o trabalho será realizado em parceria com o Corpo de Bombeiros, sendo que a próxima etapa consistirá na elaboração de um Plano de Contingência para Desastres Naturais e no levantamento das áreas de risco existentes no município.
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