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MEIO AMBIENTE Notícia da edição impressa de 29 de Setembro de 2022.

Lodo é transformado em fertilizante em ETE de Canoas

Cerca de 600 toneladas de resíduos são reaproveitados por uma empresa, que transforma em compostagem

Cerca de 600 toneladas de resíduos são reaproveitados por uma empresa, que transforma em compostagem


/AMBIENTAL METROSUL/DIVULGAÇÃO/CIDADES
Jornal Cidades
O processo de tratamento de esgoto na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Mato Grande, em Canoas, gera, mensalmente, em torno de 600 toneladas. Todo o volume está sendo reaproveitado em compostagem orgânica pela Ecocitrus, empresa que atende 100 agricultores familiares. A iniciativa reforça os esforços da Ambiental Metrosul em reduzir a utilização dos aterros sanitários como destino final do lodo e o seu comprometimento com a preservação ambiental, um dos pilares que norteiam a atuação.
O processo de tratamento de esgoto na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Mato Grande, em Canoas, gera, mensalmente, em torno de 600 toneladas. Todo o volume está sendo reaproveitado em compostagem orgânica pela Ecocitrus, empresa que atende 100 agricultores familiares. A iniciativa reforça os esforços da Ambiental Metrosul em reduzir a utilização dos aterros sanitários como destino final do lodo e o seu comprometimento com a preservação ambiental, um dos pilares que norteiam a atuação.
Conforme o gerente de Operações da empresa, Stenio Cangussu, o efluente é rico em nutrientes, e com o seu aproveitamento por meio da compostagem, é possível cumprir o clico ambiental dando uma destinação limpa e sustentável ao resíduo gerado. A Ambiental calcula que são cerca de 170 piscinas olímpicas de esgoto que são tratados ao mês no município, deixando de poluir o meio ambiente.
Nesse sentido, na Estação Mato Grande - uma das principais estações do sistema de esgotamento administrado pela terceirizada, está sendo projetado um centro de compostagem próprio que também vai transformar o lodo em material orgânico. Um dos destinos do composto será a doação a pequenos produtores agrícolas por meio de parcerias com ONGs voltadas à agricultura familiar na Região Metropolitana de Porto Alegre. "Nosso objetivo é que, em médio prazo, maior parte do lodo gerado nas estações de tratamento nos nove municípios atendidos pela empresa seja reaproveitado no nosso centro de compostagem", destaca Stenio.
A cobertura que está sendo implantada nos três leitos de secagem vai garantir que o lodo da respectiva ETE não tenha contato com condições climáticas desfavoráveis para o processo, principalmente a chuva. Isso permitirá que o lodo desague mais rápido e alcance, em menos tempo, o nível de umidade ideal para a compostagem (entre 50 e 60%). Atualmente, o nível de umidade do lodo que sai do tanque de decantação para os leitos é de aproximadamente 85%, quase líquido.
A coordenadora de Meio Ambiente da Metrosul, Fernanda Cenci, comenta que a compostagem exige lodo em estado semissólido, mais pastoso, e com a estufa se obtém o ponto ideal mais rápido, tornando o processo mais dinâmico e eficiente. "A estrutura vai permitir maior controle operacional do resíduo, pois sem a interferência da chuva saberemos o tempo exato de permanência do lodo no leito de secagem para alcançar o grau de umidade ideal".  A empresa também firmará convênios com universidades para o desenvolvimento de pesquisas com foco em novos usos do lodo além do fertilizante, como o biogás, por exemplo, e outras possibilidades que diminuam e até mesmo eliminem a utilização de aterros sanitários para destinação final do resíduo.
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