Foram entregues na noite de segunda-feira, no auditório da Farsul, na Expointer, os troféus do Prêmio O Futuro da Terra, promovido pelo Jornal do Comércio e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs).
A cerimônia teve a presença de autoridades políticas e lideranças do agronegócio, incluindo o governador do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior, o secretário estadual da Agricultura, Domingos Velho Lopes, e o presidente da Farsul, Gedeão Pereira. A cerimônia foi apresentada pelo colunista do JC, Ivan Mattos.
Criado em 1997, o Prêmio O Futuro da Terra chegou, neste ano, à 26ª edição para reconhecer os destaques da pesquisa e da ciência no agro gaúcho. A já tradicional condecoração visa enaltecer aqueles que dedicam seus trabalhos para aperfeiçoar métodos produtivos no campo e auxiliar na preservação ambiental.
Após dois anos de eventos híbridos e virtuais devido à pandemia de Covid, a cerimônia voltou a ocorrer da forma tradicional. Houve um coquetel na casa do Jornal do Comércio na Expointer às 18h, seguido pela solenidade, que aconteceu às 19h30min.
Há mais de duas décadas e meia a premiação acontece para "homenagear pessoas e instituições que, com o seu trabalho, contribuem com inovações que fortalecem a produção da agropecuária do Estado e do País", afirmou o diretor-presidente do Jornal do Comércio, Mércio Tumelero.
"O desenvolvimento da pesquisa foi o responsável pela transformação do agronegócio brasileiro em um dos mais competitivos do mundo. Por isso é que nós realizamos todos os anos esse evento que marca nosso respeito e homenagem a homens e mulheres, pesquisadores e técnicos que trabalham para o crescimento das cadeias produtivas", disse Mércio Tumelero em seu discurso.
O presidente da Fapergs, Odir Dellagostin, destacou a "profícua e longínqua parceria que nos dá a oportunidade de reconhecer pesquisadores, pessoas de muita relevância em nosso Estado". E completou: "Quando a gente vê a lista dos indicados que foram preteridos, a gente percebe a importância da premiação. Temos muitos pesquisadores que também merecem esse prêmio e receberão oportunidades no futuro. Vocês merecem estar aqui hoje", disse em seu discurso. O próprio Dellagostin já foi um ganhador do Prêmio.
Para o governador do Estado, o evento fala por si só. "Talvez não caia a ficha para todas as pessoas, mas um evento com denominação 'O Futuro da Terra' fala por si. Efetivamente o agro no Rio Grande do Sul representa aproximadamente 40% do Produto Interno Bruto (PIB). O agro é a locomotiva do nosso Rio Grande", afirmou Ranolfo.
Gedeão Pereira, presidente da Farsul, lembrou que o sucesso do agronegócio brasileiro se deve também, mas não somente ao esforço do trabalhador do campo. "É obra do produtor rural brasileiro? Não somente. O produtor está em uma ponta mais visível, mas essa história do agronegócio brasileiro, que se tornou o maior exportador líquido de alimentos no mundo, se deve a quem fabrica a máquina agrícola, a quem produz os produtos químicos, a quem transforma os nossos produtos e coloca na gôndola do supermercado, que é o homem urbano. E fundamentalmente à pesquisa."
O Futuro da Terra é um prêmio que valoriza a ciência e o conhecimento, reconhecendo pesquisadores que, em muitos casos, trabalham em equipe ao longo de anos. Os agraciados receberam muitas palmas, assobios e gritos de incentivo de colegas de trabalho e familiares. Ao fim, o presidente da Fapergs destacou que, ao se destacar um cientista, também se está premiando toda a sua equipe.
Os premiados
Cimélio Bayer, Ufrgs
Claudio Fioreze, IFRS
Dirceu Agostinetto, UFPel
Mara Grohs, Irga
Marisa Ribeiro de Itapema Cardoso, Ufrgs
Manoela Bertagnolli, Sementes Butiá
Ricardo Ramos Martins, Emater
Vinicius Farias Campos, UFPel
José Miguel Reichert, UFSM
Vanderlei Neu, produtor
Zeit Análises Químicas, Incubada na UFSM