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Publicada em 22 de Abril de 2025 às 11:40

Economia Azul movimenta US$ 6 trilhões no mundo e reforça potencial de Rio Grande

Tema da economia do mar foi discutido em fórum durante o 3º Festimar

Tema da economia do mar foi discutido em fórum durante o 3º Festimar

Fernanda Cruz/Divulgação/JC
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Josimara Megiato
Com foco no desenvolvimento sustentável e na valorização dos recursos marinhos, a cidade de Rio Grande voltou a ser palco de debates estratégicos sobre a Economia Azul. Durante o 3º Fórum de Desenvolvimento da Economia Azul e o Seminário de Economia do Mar, realizados dentro da programação do 3º Festimar, finalizado nesta segunda-feira (21), especialistas, autoridades e representantes de instituições nacionais e internacionais reforçaram o papel da cidade como referência no setor.
Com foco no desenvolvimento sustentável e na valorização dos recursos marinhos, a cidade de Rio Grande voltou a ser palco de debates estratégicos sobre a Economia Azul. Durante o 3º Fórum de Desenvolvimento da Economia Azul e o Seminário de Economia do Mar, realizados dentro da programação do 3º Festimar, finalizado nesta segunda-feira (21), especialistas, autoridades e representantes de instituições nacionais e internacionais reforçaram o papel da cidade como referência no setor.
A Economia Azul envolve o uso responsável dos oceanos, mares e zonas costeiras, promovendo atividades como pesca, aquicultura, biotecnologia marinha, energia renovável, turismo náutico e transporte marítimo. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o setor movimenta anualmente entre US$ 3 e 6 trilhões por ano em todo o mundo.
 
Em Rio Grande, a aposta na economia do mar ganha destaque diante da localização estratégica, da estrutura portuária robusta e em expansão, e da presença de polos industriais ligados à cadeia oceânica. A prefeita Darlene Pereira reforçou essa vocação. “Rio Grande é uma cidade cercada de águas. A nossa noiva do mar, capital das águas, tem um potencial imenso a ser desenvolvido. Precisamos integrar os conhecimentos para trabalhar com sustentabilidade, inclusão social e desenvolvimento econômico sustentável”, destacou.
Um dos destaques da programação foi a palestra de Sérgio Miguel Leandro, diretor do Instituto Politécnico de Leiria, de Portugal, que defendeu a economia do mar como motor de transformação social. “Existem oportunidades e soluções inovadoras que, aplicadas nas comunidades costeiras, podem gerar empregos mais qualificados e uma distribuição de renda mais equilibrada, promovendo o desenvolvimento socioeconômico local.”
Durante o evento, a Prefeitura de Rio Grande firmou um acordo de cooperação internacional com o Instituto Politécnico de Leiria para qualificar os agentes da economia azul no município. A parceria busca fomentar setores como a pesca, aquicultura, turismo e novas áreas emergentes ligadas ao oceano.
O tema também mobiliza a Transpetro, empresa de transporte e logística subsidiária da Petrobras. Para Jones Soares, diretor de Transporte Marítimo da estatal, o Brasil precisa reconhecer sua identidade marítima e apoiar as cidades que concentram atividades ligadas ao oceano. “O Brasil é um país marítimo e a Transpetro acredita nisso, nesse potencial enorme da economia do mar. Rio Grande é um símbolo importante nesse sentido, com atividades relevantes ligadas à economia do mar”, afirmou.
Jones também destacou que o município reúne características únicas. “Porto, indústria naval, pesqueira, turismo... tudo o que a economia do mar traz se insere em Rio Grande. E esse é o principal símbolo de economia que o Brasil precisa. Rio Grande não pode deixar de ser um cluster na economia do mar.”

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