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Publicada em 15 de Abril de 2025 às 12:58

Ecovix priorizará mão de obra riograndina para obras no Polo Naval

Trabalhos de construção deverão ter início até setembro; projetos de engenharia estão em andamento

Trabalhos de construção deverão ter início até setembro; projetos de engenharia estão em andamento

Divulgação Ecovix/JC
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Lívia Araújo
Lívia Araújo Repórter
A movimentação no Polo Naval de Rio Grande deve ganhar novo fôlego nos próximos meses com o início das obras de construção de navios do tipo handy para a Transpetro, braço logístico da Petrobras. A expectativa é de que os trabalhos no estaleiro Rio Grande, controlado pela Ecovix comecem até setembro, conforme revelou o diretor operacional da empresa, Ricardo Ávila. A previsão é de que o pico da operação empregue até 1,6 mil trabalhadores, com preferência absoluta para contratação de mão de obra local.
A movimentação no Polo Naval de Rio Grande deve ganhar novo fôlego nos próximos meses com o início das obras de construção de navios do tipo handy para a Transpetro, braço logístico da Petrobras. A expectativa é de que os trabalhos no estaleiro Rio Grande, controlado pela Ecovix comecem até setembro, conforme revelou o diretor operacional da empresa, Ricardo Ávila. A previsão é de que o pico da operação empregue até 1,6 mil trabalhadores, com preferência absoluta para contratação de mão de obra local.
Em entrevista ao Jornal do Comércio, Ávila ressaltou que o estaleiro está comprometido com a valorização da comunidade de Rio Grande. “Se nós pudéssemos escolher, certamente escolheríamos 100% da mão de obra para esse projeto daqui da região. E acho que é o que vai acontecer”, disse. A estimativa inicial da Ecovix é de que as contratações ganhem ritmo mais intenso entre setembro e outubro deste ano.
O executivo reforçou ainda que a prioridade por trabalhadores da cidade não se limita a uma diretriz operacional, mas se estende ao impacto econômico da iniciativa. “A economia da cidade vai girar, o dinheiro fica aqui. Essa sempre foi a preferência do estaleiro”, afirmou. A Ecovix, no entanto, alerta que em algumas funções mais específicas pode haver necessidade de trazer profissionais de fora, caso não haja qualificação suficiente disponível localmente.
Para o diretor operacional da Ecovix, Ricardo Ávila, prioridade por trabalhadores riograndinos se dá pelo impacto econômico da iniciativa no município | Ecovix/Divulgação/JC
Para o diretor operacional da Ecovix, Ricardo Ávila, prioridade por trabalhadores riograndinos se dá pelo impacto econômico da iniciativa no município Ecovix/Divulgação/JC
Para isso, a empresa já iniciou conversas com instituições como Senai e Senac, além de reforçar a importância da articulação com o poder público municipal. “Estamos dizendo para entidades que podem oferecer capacitação que se organizem. Talvez o governo federal restabeleça o Prominp, que foi um programa muito bem-sucedido no passado e pode ajudar a qualificar ainda mais a mão de obra da região”, pontuou Ávila.
A retomada do estaleiro da Ecovix ocorre em meio a uma série de esforços para preparar Rio Grande para uma retomada no desenvolvimento local. Em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande (Furg), a Transpetro lançou um programa de qualificação profissional que contemplará, em abril, 172 jovens em situação de vulnerabilidade. Os cursos são oferecidos pelo Centro de Convívio dos Jovens do Mar (CCMar), com previsão de expansão para outros 300 estudantes a partir de maio. Entre as formações disponíveis, estão Construção Naval e Educação Náutica, cursos com a duração de dois anos.
Jones Soares, diretor de Transporte Marítimo da Transpetro | Marcelo Gonzalez/Divulgação/JC
Jones Soares, diretor de Transporte Marítimo da Transpetro Marcelo Gonzalez/Divulgação/JC
“A Transpetro apoia a educação e o desenvolvimento da mão de obra que existe no município de Rio Grande. Esse convênio vai ampliar as oportunidades de inserção no mercado de trabalho, tanto para jovens em vulnerabilidade, quanto para quem busca atualização”, destacou Jones Soares, diretor de Transporte Marítimo da estatal.
O projeto de construção naval em Rio Grande tem previsão inicial de durar três anos. Segundo Ávila, a expectativa é de que, durante esse período, novos contratos sejam conquistados, prolongando as atividades no estaleiro e garantindo estabilidade ao emprego na região. “Isso é muito melhor para todo mundo. A gente mantém os empregos na cidade por muito mais tempo e aproveita a mão de obra qualificada que vamos formar agora”, afirmou.
Para quem deseja trabalhar nas obras da Ecovix, o único canal oficial de candidatura é o site da empresa: www.ecovix.com. Lá, é possível fazer o cadastro e integrar o banco de dados utilizado no processo seletivo. O diretor da empresa fez um alerta sobre boatos na cidade envolvendo possíveis intermediários para contratação. “Não há nenhuma empresa ou instituição autorizada pela Ecovix para fazer isso. As pessoas precisam tomar cuidado para não serem enganadas”, frisou.
As contratações devem ser realizadas em ondas, acompanhando o andamento da engenharia e da mobilização da infraestrutura. Segundo Ávila, o cronograma está alinhado com a Transpetro, que atualmente analisa documentos trocados entre as empresas. A fase de engenharia ainda está em desenvolvimento, já que os navios serão produzidos do zero.
Colaborou Taís Carolina, de Rio Grande

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