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Publicada em 04 de Abril de 2025 às 10:22

Rodovia Transcampesina: obras devem começar no segundo semestre de 2025

R$ 100 milhões serão investidos na construção dos primeiros 50 quilômetros; lideranças aguardam realização do anteprojeto e do projeto executivo da estrada

R$ 100 milhões serão investidos na construção dos primeiros 50 quilômetros; lideranças aguardam realização do anteprojeto e do projeto executivo da estrada

Samuel da Rosa/Divulgação/JC
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Jessica Pacheco
Jessica Pacheco Repórter
Após mais de uma década de espera, a Rodovia Transcampesina, que conectará Hulha Negra, Candiota, Erval e Pedras Altas, está mais próxima de sair do papel. Com 176 quilômetros de extensão, a concretização da via promete incrementar a infraestrutura de transportes da Metade Sul do Rio Grande do Sul, com o objetivo de dar maior trânsito ao agronegócio e beneficiar diretamente as comunidades locais.
Após mais de uma década de espera, a Rodovia Transcampesina, que conectará Hulha Negra, Candiota, Erval e Pedras Altas, está mais próxima de sair do papel. Com 176 quilômetros de extensão, a concretização da via promete incrementar a infraestrutura de transportes da Metade Sul do Rio Grande do Sul, com o objetivo de dar maior trânsito ao agronegócio e beneficiar diretamente as comunidades locais.
A previsão é que as obras comecem no segundo semestre de 2025, segundo o recém-eleito coordenador do grupo técnico que acompanhará a execução do projeto, Fernando Campani (PT), prefeito de Hulha Negra. "Já temos garantidos mais de R$ 100 milhões para os primeiros 50 quilômetros, dependendo agora da realização do anteprojeto e do projeto executivo. Estamos na fase de contratação dessas etapas para dar início à obra", explicou.
 
O projeto da Transcampesina voltou a ganhar força em 2024, quando o deputado federal gaúcho Dionilso Marcon (PT), então coordenador da bancada gaúcha, articulou reuniões em Brasília com autoridades como a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB). Segundo Marcon, a nova rodovia trará impactos significativos para o cotidiano da população. "Tem gente que não consegue chegar ao hospital, crianças que ficam fora da escola por até 15 dias quando chove. A estrada vai beneficiar tanto assentados quanto o agronegócio e a agricultura familiar, que são muito fortes na região", destacou o parlamentar.
Além de contar com recursos do governo federal, a obra também terá a participação do governo do Uruguai, além de parcerias com o governo do Estado e prefeituras envolvidas, incluindo o Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico dos Municípios da Bacia do Rio Jaguarão (Cideja).
Em março, o grupo participou de uma reunião em Montevidéu, no Uruguai, com a vice-presidente do banco de desenvolvimento Fonplata, Eliana Dam, para tratar da questão. "Esperamos que, até o final de 2025, tenhamos condições de iniciar essa grande obra com o apoio de diferentes esferas governamentais e da sociedade", afirmou Campani.
Segundo lideranças da região, a pavimentação da Transcampesina não apenas melhorará a logística regional, mas também deve atrair investimentos e fortalecer o desenvolvimento econômico local. A expectativa é que, com o início das obras, novas captações de recursos sejam viabilizadas para garantir a continuidade da construção. "Para conseguirmos mais verbas, precisamos começar a obra", ressaltou Marcon.
No fim de março, o prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador (MDB), que preside o Cideja, participou de uma reunião na Embaixada do Uruguai, para pedir uma audiência com o presidente do Uruguai, Yamandú Orsi, com o objetivo tratar sobre a inclusão da Transcampesina na Rota de Integração Sul Americana, a Rota 5, que vai de Porto Alegre até o Chile.
Segundo o site da prefeitura de Candiota, o encontro deve ocorrer entre junho e julho, com a presença dos prefeitos do Cideja, Congresso dos Intendentes do Uruguai, Ministério de Transporte e Obras Públicas, Ministério de Relações Exteriores de ambos os países, senadores uruguaios e cooperativas dos municípios envolvidos.
A rodovia representa um passo importante para a infraestrutura da Metade Sul, prometendo mudar a realidade de muitas comunidades que hoje enfrentam dificuldades de locomoção, especialmente em períodos de chuva. Com o início das obras previsto para o segundo semestre do ano que vem, a expectativa é de que, em poucos anos, a região tenha um novo corredor viário, trazendo mais oportunidades e qualidade de vida para a população.

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