O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta segunda-feira (24), que a transição energética no Brasil será viabilizada pelos recursos gerados pelo petróleo. A declaração ocorreu durante a assinatura do contrato para a construção de quatro navios pela Transpetro, em parceria com o consórcio formado pela Ecovix, responsável pelo estaleiro Rio Grande, e a McLaren, do Rio de Janeiro.
"Estamos discutindo transição. É com o dinheiro do petróleo que vamos poder fazer biocombustíveis, como o hidrogênio verde. Sou contra combustíveis fósseis, depois que não precisarmos mais deles", disse Lula.
O posicionamento ocorre em meio a críticas ambientais à exploração de petróleo na Foz do Rio Amazonas e à possibilidade de novas atividades na Bacia de Pelotas.
"Estamos discutindo transição. É com o dinheiro do petróleo que vamos poder fazer biocombustíveis, como o hidrogênio verde. Sou contra combustíveis fósseis, depois que não precisarmos mais deles", disse Lula.
O posicionamento ocorre em meio a críticas ambientais à exploração de petróleo na Foz do Rio Amazonas e à possibilidade de novas atividades na Bacia de Pelotas.

Lula afirmou que sua presença no Rio Grande do Sul simboliza a retomada do polo naval
Ricardo Stuckert/PR/Agência Brasil/JC
Exploração e biorrefinaria
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, celebrou a expansão da estatal, que atualmente conduz atividades exploratórias em diversos blocos do país, sendo 29 deles na Bacia de Pelotas. Segundo ela, estudos indicam semelhanças entre a área e a Bacia da Namíbia, conhecida como a "Nova Guiana".
Durante o evento, Chambriard anunciou ainda a conversão da refinaria Rio Grandense em uma biorrefinaria até 2029. O investimento será de R$ 5,5 bilhões, com a criação de 4 mil empregos. "Será a primeira refinaria do Brasil a fabricar produtos 100% renováveis, incluindo combustível de aviação vegetal", afirmou.
Além disso, a Petrobras destinará R$ 23 bilhões para a contratação de 44 embarcações voltadas ao transporte de derivados de petróleo e gás.
Durante o evento, Chambriard anunciou ainda a conversão da refinaria Rio Grandense em uma biorrefinaria até 2029. O investimento será de R$ 5,5 bilhões, com a criação de 4 mil empregos. "Será a primeira refinaria do Brasil a fabricar produtos 100% renováveis, incluindo combustível de aviação vegetal", afirmou.
Além disso, a Petrobras destinará R$ 23 bilhões para a contratação de 44 embarcações voltadas ao transporte de derivados de petróleo e gás.
Também durante o evento, visivelmente emocionada, a prefeita de Rio Grande, Darlene Pereira, destacou a importância da retomada do setor naval, citando as perdas sofridas após a crise que levou à paralisação do estaleiro em 2016. "Nos sacaram violentamente o polo naval, e hoje é a retomada da esperança. Esses quatro cascos são só o começo do que está por vir", declarou. Ela também pediu a inclusão da conclusão da BR-392 no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e maior agilidade na construção da ligação a seco entre São José do Norte e Rio Grande.
O presidente da Transpetro, Sérgio Bassi, reforçou que a indústria naval brasileira está sendo recuperada "de maneira perene e sustentada". Já José Antunes Sobrinho, acionista da Ecovix, ressaltou a importância das operações portuárias para a sobrevivência da empresa e comemorou a nova fase do setor. "A tristeza que sentimos quando 5 mil trabalhadores foram dispensados em 2016 foram compensadas pelo júbilo de agora". Ele também agradeceu à Portos RS por trazerem, "importantes operações portuárias que garantiram a nossa sobrevivência", no período de baixa atividade de polo.
O presidente da Transpetro, Sérgio Bassi, reforçou que a indústria naval brasileira está sendo recuperada "de maneira perene e sustentada". Já José Antunes Sobrinho, acionista da Ecovix, ressaltou a importância das operações portuárias para a sobrevivência da empresa e comemorou a nova fase do setor. "A tristeza que sentimos quando 5 mil trabalhadores foram dispensados em 2016 foram compensadas pelo júbilo de agora". Ele também agradeceu à Portos RS por trazerem, "importantes operações portuárias que garantiram a nossa sobrevivência", no período de baixa atividade de polo.
Clima de campanha e críticas à Lava Jato
O evento teve forte tom político, com discursos ressaltando a recuperação da indústria naval e críticas à Lava Jato. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou o apoio ao presidente e disse que "o mandato do presidente Lula acaba em dois anos, Lula três, e com a ajuda do povo vamos ter um 'Lula 4'". A plateia reagiu com gritos de "sem anistia", em alusão ao indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e militares de alta patente acusados pela Procuradoria-Geral da República de se articularem para dar um golpe de estado.
Ver essa foto no Instagram
Lula afirmou que sua presença no Rio Grande do Sul simboliza a retomada do polo naval após os desdobramentos da operação Lava Jato. Ele criticou governos anteriores e disse que a Petrobras foi alvo de tentativas de enfraquecimento desde sua criação, em 1950. "Pegamos um país semidestruído, o trabalho de vários ministérios foi desmontado. A preocupação daquele governo era contar 11 mentiras por dia", disse o presidente. Ele também acusou gestões passadas de vender ativos da Petrobras: "Resolveram vender pedaços da Petrobras, como a BR Distribuidora, e sucatear para depois vender para o Gerdau transformar em outra coisa qualquer".

Cerimônia teve assinatura do Contrato de Navios da Transpetro pelo Programa de Renovação da Frota Naval do Sistema Petrobras
Ricardo Stuckert/PR/Agência Brasil/JC