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Publicada em 08 de Fevereiro de 2025 às 11:32

Hub da Saúde em Pelotas poderá evitar 'vale da morte' para desenvolvimento de produtos

Licitação da obra do complexo está prevista para o mês de março; espaço poderá abrigar até 30 empresas residentes e terceirizar serviços para projetos nacionais e internacionais

Licitação da obra do complexo está prevista para o mês de março; espaço poderá abrigar até 30 empresas residentes e terceirizar serviços para projetos nacionais e internacionais

Pelotas Parque Tecnológico/Divulgação/JC
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Gabriel Fritsch Repórter
O Hub da Saúde e Biotecnologia, resultado de parceria entre o Pelotas Parque Tecnológico, e a LifeMed, deve suprir um déficit que não diz respeito somente ao Rio Grande do Sul mas também ao Brasil: o de laboratórios certificados para o desenvolvimento de produtos e serviços em biotecnologia.
O Hub da Saúde e Biotecnologia, resultado de parceria entre o Pelotas Parque Tecnológico, e a LifeMed, deve suprir um déficit que não diz respeito somente ao Rio Grande do Sul mas também ao Brasil: o de laboratórios certificados para o desenvolvimento de produtos e serviços em biotecnologia.
De acordo com Vinícius Campos, vice-presidente do Pelotas Parque Tecnológico, laboratórios comuns não fornecem a infraestrutura adequada para a transformação de pesquisas em produtos comerciais. “Uma determinada reação química, que foi feita para testar um dado efeito, tem que ser realizada em equipamentos calibrados de acordo com normas específicas. Isso não acontece em qualquer lugar", explica.
A localização do Hub, ao lado da LifeMed, uma empresa pelotense especializada em equipamentos e dispositivos hospitalares, é estratégica. Leonardo Reichow, gerente da unidade de negócios da LifeMed, destaca que o projeto funcionará como uma ponte entre a pesquisa acadêmica e o mercado. "A ideia é que essa estrutura sirva como uma grande ligação entre a academia, as startups e a indústria. Quando essas startups chegarem ao chamado 'vale da morte', onde muitas não encontram infraestrutura adequada para desenvolver seus produtos, poderão contar com os laboratórios certificados do Hub e, se necessário, com a estrutura industrial da LifeMed para provas de conceito em escala industrial", afirma Reichow.
O empreendimento conta com recursos de R$ 21 milhões, proveniente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e empresas parceiras. Segundo Campos, a previsão é de que até o mês de março a licitação das empresas envolvidas na conclusão do complexo seja lançada. No momento, a prefeitura está na fase final de aprovação dos projetos executivos do Hub. A partir da escolha da empresa vencedora do processo de licitação, o prazo para conclusão da obra é de dois anos.
O espaço abrigará de 25 a 30 empresas residentes, além de oferecer serviços terceirizados para até 200 empresas. A estrutura contará com laboratórios certificados, auditórios, salas de reuniões e centros administrativos. "Esses produtos, às vezes, demoram 10 anos para chegar ao mercado. Por isso, não é viável ter um grande volume de empresas atuando diretamente no local. Mas o Hub poderá prestar serviços para qualquer empresa do mundo", explica Campos.
A expectativa é que, com a conclusão das obras, o Hub da Saúde se torne um catalisador para a inovação na região, atraindo investimentos e fomentando a criação de novos negócios na área da saúde e biotecnologia. O projeto também visa fortalecer a conexão entre a comunidade local e o setor portuário, já que Pelotas é um município com forte influência econômica e cultural na região.

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