A futura ponte entre os municípios de Rio Grande e São José do Norte, cuja licitação do projeto executivo está prevista para o mês de fevereiro, promete impactar positivamente a área da saúde, especialmente para os pacientes nortenses que utilizam a “ambulancha”, uma lancha equipada para funcionar como uma ambulância tradicional.
Atualmente, a Ambulancha realiza o transporte diário de pacientes entre as duas cidades, seja para casos de urgência e emergência ou para consultas eletivas, como tratamentos oncológicos e hemodiálise. No entanto, a logística atual apresenta desafios significativos. O atracadouro antigo, afetado pelas enchentes de maio de 2024, foi considerado inadequado para uso, e os embarques e desembarques ocorrem em um local improvisado, sem cobertura e ao lado de lanchas tradicionais.
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Para solucionar essa questão, a Prefeitura de São José do Norte contratou a construção de um novo atracadouro, com previsão de entrega em março. “Com o projeto e a construção que vão iniciar em breve, esperamos ter um espaço mais seguro e eficiente, onde a embarcação possa operar adequadamente, oferecendo mais privacidade e segurança aos nossos pacientes”, explicou Lucas Penteado, secretário da Saúde de São José do Norte.
A nova estrutura será essencial até que a aguardada ligação terrestre seja concretizada. Segundo lideranças locais, a conexão por terra, que permitirá o transporte direto de ambulâncias entre as duas cidades, eliminaria a necessidade de transferências. Atualmente, os pacientes precisam ser transportados de ambulância para a lancha e, ao chegar em Rio Grande, para outra ambulância, antes de serem levados ao hospital de referência.
“O paciente poderá sair diretamente do hospital em São José do Norte e chegar ao hospital de referência em Rio Grande, sem transferências intermediárias. Isso reduzirá riscos, especialmente em casos de emergência, além de trazer mais conforto e agilidade ao atendimento”, afirmou Penteado.
A obra da ponte, vista como prioridade para a região, ainda depende de avanços em planejamento e execução pelo Governo Federal. Enquanto isso, a população nortense continua a contar com a ambulancha como principal meio de acesso à rede de saúde de Rio Grande.
Além de atender pacientes em condições críticas, a ambulancha funciona de forma semelhante a uma ambulância convencional, com equipe de profissionais de saúde a bordo. O transporte é essencial para garantir o acesso dos nortenses a serviços especializados, já que a cidade não possui estrutura para oferecer tratamentos como oncologia ou hemodiálise.