A previsão do tempo e a análise climática são ferramentas fundamentais para o produtor rural, ajudando a tomar decisões que impactam diretamente o sucesso da produção agrícola. Entidades técnicas ligadas à produção rural, como a Emater-RS/Ascar, salientam que ficar atento à ciência do clima pode ajudar o agronegócio a ser mais resiliente em relação às rápidas mudanças no clima da Terra, que vêm afetando todo o RS, incluindo a metade Sul do estado.
De acordo com Rodrigo Prestes, chefe da Emater em Pelotas, o acompanhamento climático é essencial para o planejamento no campo. "Embora o produtor não possa controlar o clima, ele pode se preparar. Informações sobre épocas de plantio, manejo, adubação e poda podem fazer toda a diferença na produtividade", explica.
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Em 2024, o fenômeno El Niño trouxe chuvas acima da média para o Sul do Brasil, com registros de mais de 2.000 mm em Pelotas, superando a média histórica de 1.300 mm, segundo a entidade. Já para 2025, a expectativa é de um ano influenciado pelo La Niña, com períodos de seca que exigirão atenção redobrada.
Na última quinta-feira (9), uma projeção do Centro de Meteorologia e Oceanografia dos Estados Unidos (NOAA), atualizou as condições para a estabilização do La Niña, fenômeno que deve chegar ao Rio Grande do Sul no verão de 2025, mas com fraca intensidade.
Esperado desde o início de 2024, o fenômeno causou controvérsias entre especialistas. A confirmação ocorreu apenas na última semana, já que temperaturas do Oceano Pacífico não estavam no limiar para que pudesse ser efetivado como La Niña. O fenômeno climático La Niña, inverso do El Niño, tem origem natural e corresponde ao resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico, com influência direta no clima dos continentes.
Esperado desde o início de 2024, o fenômeno causou controvérsias entre especialistas. A confirmação ocorreu apenas na última semana, já que temperaturas do Oceano Pacífico não estavam no limiar para que pudesse ser efetivado como La Niña. O fenômeno climático La Niña, inverso do El Niño, tem origem natural e corresponde ao resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico, com influência direta no clima dos continentes.
A expectativa já preocupava agricultores gaúchos pelo impacto direto na agricultura e na pecuária, já que o fenômeno é conhecido por causar períodos de seca, prejudicando o desenvolvimento das lavouras e reduzindo a produção de carne e leite na região.
Além das ações planejadas, defende Prestes, os produtores devem ser resilientes diante das rápidas mudanças climáticas. "Agora está chovendo bastante, mas daqui a um mês o problema pode ser a falta de água. Por isso, a segurança nas decisões é essencial", complementa.
Além das ações planejadas, defende Prestes, os produtores devem ser resilientes diante das rápidas mudanças climáticas. "Agora está chovendo bastante, mas daqui a um mês o problema pode ser a falta de água. Por isso, a segurança nas decisões é essencial", complementa.
No início de 2025, Pelotas já enfrentou chuvas abaixo do esperado, reforçando a necessidade de estar sempre atualizado. Para isso, órgãos como a Emater, ou o Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga) oferecem dados meteorológicos e orientações específicas por meio de seus escritórios regionais.
Enquanto os moradores das cidades usam a previsão do tempo para decidir entre casaco ou guarda-chuva, para o produtor rural ela é um fator determinante para o planejamento e a sobrevivência no campo.