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Publicada em 30 de Dezembro de 2024 às 08:32

Ovinocultura em alta: valorização do setor anima produtores no Sul do RS para 2025

Doença gera prejuízos econômicos associados à diminuição da fertilidade e da vida reprodutiva dos carneiros

Doença gera prejuízos econômicos associados à diminuição da fertilidade e da vida reprodutiva dos carneiros

CAMILA DOMINGUES/PALÁCIO PIRATINI/DIVULGAÇÃO/JC
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Samuel da Rosa Repórter
Com a valorização no preço da carne ovina e a reorganização do mercado de lãs, o setor da ovinocultura no Sul do Rio Grande do Sul está otimista para 2025. Após um início de 2024 marcado por dificuldades como preços defasados e os impactos das enchentes, a retomada do mercado trouxe fôlego para os produtores da região.
Com a valorização no preço da carne ovina e a reorganização do mercado de lãs, o setor da ovinocultura no Sul do Rio Grande do Sul está otimista para 2025. Após um início de 2024 marcado por dificuldades como preços defasados e os impactos das enchentes, a retomada do mercado trouxe fôlego para os produtores da região.
Gustavo Veloso, presidente da Associação Bageense de Criadores de Ovinos, ressalta que o segundo semestre de 2024 foi decisivo para reverter o cenário. “O preço do cordeiro e da ovelha atingiu patamares justos, o que trouxe estabilidade e otimismo para o setor. Além disso, a qualidade dos animais expostos tem se destacado ano após ano, refletindo nos bons resultados das feiras”, afirmou.
 
Outro ponto positivo foi a reorganização do mercado de lãs. Após um período de desajustes durante a pandemia, os preços começaram a se recuperar, especialmente nas lãs finas, consolidando perspectivas favoráveis para 2025.
A agenda de eventos de verão na região promete movimentar o setor. Entre as principais feiras estão a 45ª Feira de Ovinos de Verão Lã e Carne em Dom Pedrito (9 e 10 de janeiro), a 17ª Agrovino em Bagé (15 a 18 de janeiro), a 41ª Feira Estadual da Ovelha em Pinheiro Machado (29 de janeiro a 2 de fevereiro) e a 41ª Exposição Estadual de Ovinos Meia-Lã em Jaguarão (22 e 23 de fevereiro).
Conforme a Radiografia da Agropecuária Gaúcha 2024, produzida pela Seapi, o Rio Grande do Sul tem um rebanho declarado de 3,16 milhões de ovinos. Em 2023, cerca de 253 mil animais foram enviados para abate. A produção de lã foi de 8,47 mil toneladas.
Uma parceria entre o governo do Estado e a Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco) também dá esperança ao setor no RS. Assinado em 13 de dezembro, o termo viabilizará ações de fomento e fortalecimento da ovinocultura gaúcha. O acordo prevê a liberação de R$ 4,96 milhões oriundos do Fundo de Desenvolvimento da Ovinocultura (Fundovinos) pela A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). Os recursos serão utilizados ao longo de três anos, conforme demanda do setor.
A entidade ficará responsável pela gestão e execução do plano de trabalho. A ideia é promover ações para o desenvolvimento socioeconômico do setor, buscando promover a melhoria dos padrões de qualidade, a competitividade dos produtores e a ampliação do mercado.

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