A agroecologia, sistema agrícola com base ecológica e que aposta na biodiversidade de áreas cultivadas, vem se desenvolvendo no Estado e proporcionando o crescimento na produção e comercialização de alimentos e insumos baseados em técnicas sustentáveis.
Para discutir o tema e também fazer negócios, mais de mil pessoas participaram, no último fim de semana, do Agroecologia 2024, evento realizado na Estação Experimental Cascata da Embrapa Clima Temperado, em Pelotas. Durante três dias, de quinta-feira (5) a sábado (7), o público vivenciou uma programação diversificada que incluiu palestras com pesquisadores, atividades educativas para crianças e uma feira de agricultura familiar.
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O coordenador do evento, João Carlos Costa Gomes, enfatizou a importância da agroecologia como ferramenta no enfrentamento da crise climática. “Ela propõe formas de produção que salvaguardam a biodiversidade e utilizam insumos que não prejudicam a saúde das pessoas, dos animais ou do planeta. Além disso, a agroecologia trabalha com sistemas biodiversos, evitando os problemas relacionados ao monocultivo e ao uso excessivo de agrotóxicos”, destacou.
As estações do evento promoveram debates sobre temas como agro-sociobiodiversidade, sistemas de produção sustentáveis e serviços ambientais. Crianças de dezenas de escolas municipais participaram de atividades lúdicas e artísticas que incluíram música, teatro e oficinas interativas. A feira de agricultura familiar trouxe sementes crioulas, produtos coloniais e artesanatos, proporcionando aos agricultores uma oportunidade de comercializar seus produtos e de promover alimentos saudáveis e de alta qualidade.
“A feira não só garante renda aos agricultores, mas também demonstra que a agroecologia é capaz de produzir alimentos belos e nutritivos, que encantam qualquer consumidor”, ressaltou Gomes.
“A feira não só garante renda aos agricultores, mas também demonstra que a agroecologia é capaz de produzir alimentos belos e nutritivos, que encantam qualquer consumidor”, ressaltou Gomes.
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Para sustentar e fomentar o crescimento do setor no Estado, governos estadual, municipais e o Poder Legislativo vem promovendo iniciativas de valorização da agroecologia. Em agosto desse ano, a Assembleia Legislativa aprovou a política estadual de fomento à agropecuária regenerativa, biológica e sustentável. A proposta, sancionada em 29 de agosto, tem como objetivo a redução do uso de agroquímicos, e do impacto ambiental resultante nas lavouras gaúchas.
Dentre as propostas que passam a vigorar com a lei, estão o apoio do Estado com linhas de crédito diferenciadas e subsidiadas para agricultores que investirem em tecnologias sustentáveis de baixo impacto ambiental. Além disso, será oferecida desoneração fiscal para quem investir na transição agroecológica e se comprometer em produzir alimentos mais saudáveis, com uso racional dos recursos naturais. Isso acontece no âmbito do Plano Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica (Pleapo) em 2024.
Dentre as propostas que passam a vigorar com a lei, estão o apoio do Estado com linhas de crédito diferenciadas e subsidiadas para agricultores que investirem em tecnologias sustentáveis de baixo impacto ambiental. Além disso, será oferecida desoneração fiscal para quem investir na transição agroecológica e se comprometer em produzir alimentos mais saudáveis, com uso racional dos recursos naturais. Isso acontece no âmbito do Plano Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica (Pleapo) em 2024.
A programação do evento foi complementada por uma exposição de máquinas agrícolas e apresentações culturais e artísticas, reafirmando o papel da agroecologia na construção de sistemas produtivos mais sustentáveis e justos.