A indústria da pesca é uma atividade que movimenta a economia no Rio Grande do Sul. De acordo com os dados do Mapa Econômico do RS, o faturamento chega a R$ 900 milhões por ano. Em maio, o último mês da temporada, aconteceram os eventos climáticos que prejudicaram diretamente o segmento.
Em Pelotas, os mais de 800 pescadores da Colônia Z3, Pontal da Barra e Balsa foram os principais prejudicados. As enchentes invadiram casas e comércios, causando muitos prejuízos nas regiões.
O acúmulo de água na Lagoa dos Patos também influencia na pesca. O alto volume impede a água salgada de entrar em direção à costa e trazer as larvas do camarão e os peixes para a temporada que iniciou em outubro.
"A esperança são os ventos ajudarem a Lagoa a baixar e o pescado entrar na costa pelotense", resume os pescador, Luis Eduardo Magalhães.
Para o camarão, a situação está mais complicada. A época das larvas do crustáceo é entre os meses de outubro e novembro. O alto volume das águas prejudica esse movimento e impacta diretamente no começo da safra, em fevereiro.
Até lá, algumas alternativas podem aparecer como oportunidades de comercialização da baixa quantidade de peixes. A banca do Altemar Donini já está há cinco anos do bairro Três Vendas e, para ele, vender em diferentes localidades agrega valor ao produto.
"Resta torcer que os ventos soprem na direção certa, para a paz voltar a vida do pescador", revela o pescador e feirante.
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