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Publicada em 13 de Novembro de 2024 às 11:40

Rua do Doce em Pelotas junta tradição e rotina no Calçadão

Bancas no Centro da cidade concentram a produção de 30 doceiras locais

Bancas no Centro da cidade concentram a produção de 30 doceiras locais

Michel Corvello/DIVULGAÇÃO/CIDADES
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Victoria Meggiato
Pelotas, a capital nacional do doce, é uma cidade rica em história e sabor. É também um centro cultural e econômico para o Rio Grande do Sul, marcado pela história da tradição doceira.
Pelotas, a capital nacional do doce, é uma cidade rica em história e sabor. É também um centro cultural e econômico para o Rio Grande do Sul, marcado pela história da tradição doceira.


No século XIX, a prosperidade da indústria do charque trouxe os imigrantes portugueses, responsáveis por introduzirem as receitas que criaram uma arte de confeitaria única no país. Recentemente, em junho, os doces de Pelotas foram oficialmente reconhecidos como patrimônio cultural. Com a 31ª Fena Doce se aproximando, a cidade já se prepara para celebrar ainda mais essa tradição
“O doce, para nós produtoras e para os pelotenses, não é apenas um produto turístico. Agrega muito, sim, mas hoje nós temos uma tradição que ultrapassa as as fronteiras”, resume Maria Helena Jeske, proprietária da Imperatriz Doces Finos.
Segundo ela, a Rua do Doce, inaugurada em 2022 e localizada no coração do calçadão de Pelotas, foi um dos incentivos para que os pelotenses consumissem ainda mais os doces e se aproximassem da tradição da cidade.
“Isso não é uma coisa nova, nem muito contemporânea. Ela é muito antiga, uma história que tem mais de 200 anos. Inclusive, os doces já têm o selo de identificação geográfica, por ter essa história há mais de 200 anos. E hoje, aqui na Rua do Doce, a partir do momento em que veio para cá, no Calçadão de Pelotas, a gente começou a notar o quanto de pessoas de fora a gente recebe no dia a dia. Mas o povo pelotense ainda é a maioria”, afirma a presidente da Associação dos Produtores de Doces de Pelotas, Simone Bicca.
A dirigente explica que apesar do costume e do tempo, os pelotenses praticam o consumo desses produtos. “E apreciando, gostando das novidades, mas não deixam de comer aquilo que faz parte da história, há bastante tempo”, finaliza.
Com a tradição do doce inserida na rotina da cidade, as visitas à Rua do Doce se tornam cada vez mais frequentes, assim como o movimento nas confeitarias da cidade para apreciar a variedade de sabores. A tradição doceira de Pelotas é muito mais do que um atrativo turístico, argumenta Simone, ao lembrara que trata-se de um símbolo da identidade, cultivado com carinho por suas doceiras e apreciado por todos.
Esse conteúdo faz parte do JC Sul, com produção de conteúdos diários em Pelotas, Bagé e Rio Grande

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