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Publicada em 29 de Outubro de 2024 às 00:00

O cavalo no pampa: uma tradição necessária que nunca sai de moda

Temporada Hípica 2024 em Bagé.

Temporada Hípica 2024 em Bagé.

Comunicação Social da 3ª Bda C Mec
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Jéssica Pacheco Repórter
Andar a cavalo, principalmente no pampa gaúcho, é uma tradição que nunca sai de moda e de necessidade. Como parte da história, o hipismo, que é a prática de montar, possui outros ramos e um deles, equitação, foi destaque no mês de outubro, em Bagé, com a realização da 34ª edição da Temporada Hípica. Organizado pela 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, o evento reuniu militares e civis de diversos Municípios do Estado entre os dias 11 e 13 de outubro, no Círculo Militar. Para além da prática esportiva, o encontro movimentou a economia e reforçou a inclusão.
Andar a cavalo, principalmente no pampa gaúcho, é uma tradição que nunca sai de moda e de necessidade. Como parte da história, o hipismo, que é a prática de montar, possui outros ramos e um deles, equitação, foi destaque no mês de outubro, em Bagé, com a realização da 34ª edição da Temporada Hípica. Organizado pela 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, o evento reuniu militares e civis de diversos Municípios do Estado entre os dias 11 e 13 de outubro, no Círculo Militar. Para além da prática esportiva, o encontro movimentou a economia e reforçou a inclusão.
Na edição de 2024, a Temporada Hípica seguiu o conceito estipulado no ano anterior, que era o de agregar atividades paralelas às competições de hipismo. De acordo com o Coronel Jomane, da 3º Brigada de Cavalaria Mecanizada, assim como a inclusão inerente ao esporte que dá nome ao evento, a organização propôs outros espaços e entretenimentos aos visitantes.
“Nós tínhamos desde brinquedoteca para as crianças, uma pista de orientação que nós montamos para adultos e crianças para também fomentar um outro esporte, tivemos uma tirolesa também que fez bastante sucesso no ano passado e esse ano também se repetiu, exposição dos nossos meios de emprego militar, blindados, viaturas mecanizadas, além de restaurante, praça de alimentação, circuito de vinhos da campanha, valorizando o que nós produzimos aqui na região, circuito de azeite também da campanha e diversos”, destaca o militar.
O evento, que contou com parcerias e patrocinadores, teve mais de 40 expositores e foi considerado um verdadeiro shopping a céu aberto, o que possibilitou grande circulação de pessoas e esportistas. Como parte de uma das engrenagens da Temporada, o comércio local obteve movimento, pois haviam cavaleiros e famílias de outras regiões do Rio Grande do Sul, como representantes, por exemplo, das cidades de Sant’Ana do Livramento, São Gabriel, Quaraí e Alegrete. A repercussão chegou, portanto, ao setor hoteleiro, de alimentação e de artesanato.
O Coronel Jomane explica que a atividade esportiva do hipismo traz uma série de benfeitorias para o indivíduo e é, de fato, inclusivo. “O exército fomenta todo tipo de esporte por entender que é importante até para a saúde mental, por exemplo, a equitação já é comprovado que age na diminuição da cortisona, que é um dos hormônios do estresse no ser humano. Então nós trabalhamos sempre nesse apoio da equitação, desde crianças até adultos, sendo militares ou civis, por intermédio dos nossos centros hípicos”. Por não haver distinção de idade, a longevidade na equitação é grande, “você pode ter crianças de 10, 12 anos montando e adultos na melhor idade, na terceira idade, com 80 anos, como eu já vi aqui em Bagé competindo. Então é um esporte bem inclusivo”, reforçou o Coronel.
Em Bagé, o centro hípico está localizado no 3º RCMEC, onde foi realizado o evento. “Todos os anos a sociedade entrega seus filhos para nós, para que façamos o nosso serviço inicial do soldado recruta, que na verdade é uma inserção dele na sociedade, porque ele trabalha dentro de um quartel com um grupo de pessoas que ele não conhece, ele é reforçado nele sempre, os valores que são passados pela família dele, de forma a termos um cidadão que contribua realmente para o coletivo que é a nossa grande nação”.

Conheça um pouco mais sobre o hipismo
A equitação é um dos ramos do hipismo, porém, com foco e objetivo. Para exemplificar, o Coronel Jomane abordou a prova de salto em obstáculos. “Eu tenho um objetivo de vencer uma altura X e realizar um percurso numerado de um a dez ou de um a onze, em uma sequência, sem realizar faltas e no menor tempo possível, que é uma das modalidades de julgamento daquela prova”.
Entre andar a cavalo e praticar o esporte olímpico, a diferença está no treinamento contínuo e de constante ampliação de objetivos. “Se eu sou um cavaleiro novo, eu tenho um objetivo pequeno: de aprender a montar e fazer uma prova de 60 centímetros, por exemplo. Agora, se eu sou um cavaleiro experiente e já tenho um conjunto, que é quando o cavaleiro e o cavalo já estão bem afiados, eles vão chegar, por exemplo, a provas de 1,20m, 1,30m, 1,40m e assim por diante”. Vale destacar que a equitação é um esporte que não faz diferença de gênero, isto é, o homem e a mulher competem em igualdade de condições.
O hipismo é um esporte olímpico desde 1900 e tem campeonatos mundiais organizados pela Federação Equestre Internacional e campeonatos nacionais realizados em países, como é o caso do Brasil, com tradição equestre. É importante que os iniciantes escolham instrutores qualificados, aprendam a montar corretamente, conheçam o cavalo e a sua personalidade, pratique regularmente e, claro, tenha respeito pelo animal e pelo esporte. A equitação contribui para o desenvolvimento físico, pois melhora o equilíbrio, a flexibilidade e a força, assim como o desenvolvimento mental, exigindo concentração, disciplina e autocontrole, e é considerado uma terapia.

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