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Publicada em 19 de Março de 2025 às 21:18

Rússia e Ucrânia se atacam após cessar-fogo parcial

Kremlin afirmou que a Ucrânia não está comprometida com a trégua

Kremlin afirmou que a Ucrânia não está comprometida com a trégua

/TATYANA MAKEYEVA/AFP/JC
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Agências
Horas após Vladimir Putin e Volodimir Zelensky concordarem com um cessar-fogo parcial de 30 dias na Guerra da Ucrânia que envolvesse apenas a pausa nos ataques à infraestrutura energética, ambos os lados se atacaram. Os primeiros relatos foram de ações russas, com explosões relatadas em Kiev enquanto o presidente ucraniano falava em rede social a partir da Finlândia que os termos concordados por Putin em telefonema com o americano Donald Trump eram aceitáveis, na noite de terça-feira.
Horas após Vladimir Putin e Volodimir Zelensky concordarem com um cessar-fogo parcial de 30 dias na Guerra da Ucrânia que envolvesse apenas a pausa nos ataques à infraestrutura energética, ambos os lados se atacaram. Os primeiros relatos foram de ações russas, com explosões relatadas em Kiev enquanto o presidente ucraniano falava em rede social a partir da Finlândia que os termos concordados por Putin em telefonema com o americano Donald Trump eram aceitáveis, na noite de terça-feira.
Ao longo da noite e madrugada de ontem, contudo, a linha foi borrada. Houve uma grande troca de ataques com drones. Kiev disse ter destruído 72 de 145 lançados pelos russos, enquanto Moscou relatou apenas ter abatido 57 aviões-robôs, 35 deles sobre a região meridional de Kursk.
São números compatíveis com as médias recentes e embutem uma sinalização: não houve emprego de mísseis de cruzeiro ou balísticos, mais mortíferos. Foram atingidos, de todo modo, alvos que deveriam ser poupados a depreender do que foi divulgado na terça: uma estação de distribuição de energia para a rede ferroviária e um hospital de Sumi (nordeste ucraniano), um depósito de petróleo de Krasnodar (sul russo).
Como seria previsível ante sua posição escanteada nas conversas e a degradação avançada de sua rede energética, Kiev gritou mais alto. Zelensky afirmou nesta quarta que os ataques provavam que os russos seguem na ofensiva.
Ao mesmo tempo, ao lado presidente finlandês, Alexander Stubb, afirmou "esperar que eventualmente haja um cessar-fogo". O ucraniano conversou nesta quarta com Trump. Antes, houve a combinada troca de 175 prisioneiros de guerra de cada lado com os russos, conforme acertado no telefonema entre o americano e o russo.
O Kremlin foi na mesma linha. Nesta quarta, o porta-voz Dmitri Peskov afirmou que a Ucrânia não está comprometida com a trégua. Ele chegou a dizer que os militares russos até abortaram um ataque, derrubando sete de seus próprios drones, após a conversa entre os líderes.
Se isso ocorreu, não mudou a figura da noite. Peskov também descreveu a relação entre seu chefe e Trump como "de confiança". "Eles se compreendem", afirmou o porta-voz, que voltou a falar no potencial de negócios entre russos e americanos com o relaxamento das relações entre os rivais.
O problema para o ucraniano e seus apoiadores é que Trump não só pode, como está trabalhando no ritmo imposto por Putin. A questão central acerca do cessar-fogo parcial é que nenhuma regra de fato foi colocada na mesa de forma clara.
 

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