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Publicada em 13 de Março de 2025 às 18:51

Vladimir Putin diz que concorda com cessar-fogo

Líder russo diz que precisa conversar com os EUA para definir quem controlará o acordo

Líder russo diz que precisa conversar com os EUA para definir quem controlará o acordo

Maxim Shemetov/AFP/JC
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Folhapress
Na primeira manifestação oficial acerca do mérito da proposta americana de trégua de 30 dias aceita pela Ucrânia, um negociador do Kremlin disse que ela apenas dará um respiro para as forças de Kiev se reagruparem contra a Rússia. A definição foi dada à TV estatal russa por Iuri Uchakov, um alto assessor de Vladimir Putin nesta quinta-feira (13). Na véspera, ele conversou com o consultor de Segurança Nacional de Donald Trurmp, Mike Waltz, por telefone. A Rússia já havia dito antes que só aceitaria discutir uma paz permanente.
Na primeira manifestação oficial acerca do mérito da proposta americana de trégua de 30 dias aceita pela Ucrânia, um negociador do Kremlin disse que ela apenas dará um respiro para as forças de Kiev se reagruparem contra a Rússia. A definição foi dada à TV estatal russa por Iuri Uchakov, um alto assessor de Vladimir Putin nesta quinta-feira (13). Na véspera, ele conversou com o consultor de Segurança Nacional de Donald Trurmp, Mike Waltz, por telefone. A Rússia já havia dito antes que só aceitaria discutir uma paz permanente.
No entanto, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que concorda com a proposta de cessar-fogo, mas que o acordo deve levar a uma paz duradoura e eliminar as "causas raízes do conflito". A declaração foi realizada em coletiva nesta quinta. "Precisamos conversar com os EUA sobre quem controlará o acordo. O cessar-fogo em si é certo e nós o apoiaremos, mas há questões a serem discutidas", mencionou Putin, ao ressaltar ser "impossível" não levar em consideração os interesses russos para as negociações.
Na ocasião, Putin disse ainda que "talvez" ele e o presidente norte-americano, Donald Trump, precisem fazer uma ligação por telefone para discutir mais detalhes do acordo. "Agradeço Trump por dar tanta atenção para o acordo com a Ucrânia", afirmou.
Já o principal negociador de Trump, o enviado ao Oriente Médio Steven Witkoff, chegou a Moscou nesta quinta e, segundo a mídia russa, deve conversar com Putin. "O presidente pode ter um telefonema internacional mais tarde", disse o porta-voz do Kremlin, Peskov, sem confirmar o óbvio interlocutor do outro lado da linha: Trump.
A proposta foi recebida com ceticismo em Moscou, que busca maximizar seu potencial de ganho e não gostou da concessão feita por Trump de reativar a ajuda militar a Kiev por ter aceito a trégua de 30 dias. Putin chegou a ir para perto da linha de frente na quarta, algo que não havia feito. Estava vestido com uniforme militar camuflado, algo bastante raro.
Também incomoda os russos o fato de não haver um plano concreto, apenas uma ideia de pausa para discutir tais arranjos. O que foi especulado até aqui é mínimo: trocas de prisioneiros, que já ocorrem regularmente, por exemplo.
Já os pedidos imediatos atribuídos na imprensa ucraniana à equipe de Volodimir Zelensky incluem até a volta das milhares de crianças retiradas de áreas ocupadas na Ucrânia para a Rússia, algo que Moscou diz ter sido humanitário e o Tribunal Penal Internacional, um crime de Putin. Parece improvável um avanço aí.
Waltz e Uchakov já estiveram frente à frente em Riad, na Arábia Saudita, há duas semanas, integrando as delegações que iniciaram as conversas promovidas por Trump para tentar acabar com a guerra. A lista de itens complexos para uma futura negociação é enorme: concessões territoriais de Kiev, garantias de segurança de lado a lado, o status das regiões anexadas por Putin, reparações econômicas, populações deslocadas. Enquanto isso, segue a troca intensa de fogo aéreo de lado a lado.
 

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