O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ressaltou a sua defesa por um cessar-fogo na guerra da Ucrânia e afirmou mais uma vez que deseja retomar o controle do Canal do Panamá e anexar a Groenlândia em seu longo discurso durante uma sessão conjunta do Congresso americano na madrugada desta quarta-feira. Trump também citou o Brasil como um dos países que "cobram muito" dos EUA e prometeu novas tarifas.
Na terça-feira, o republicano anunciou tarifas de 25% em todos os produtos do Canadá e México, e de 10% em produtos chineses. Ele ressaltou que a medida serve como um incentivo para que empresas estabeleçam fábricas em solo americano.
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O presidente ainda culpou o antecessor Joe Biden pela inflação e disse que quer aprovar uma legislação de corte de impostos. "Agora, pela primeira vez na história moderna, mais americanos acreditam que nosso país está indo na direção certa do que na direção errada", disse.
O republicano afirmou que "resgatar a economia americana e aliviar a situação da classe trabalhadora" estava entre suas maiores prioridades. Ele prometeu reduzir os preços dos ovos e de energia, sem oferecer detalhes de seus próprios planos.
Sobre o conflito Rússia x Ucrânia, o mandatário disse que recebeu uma carta do presidente da Ucrânia, Volodmir Zelensky, na terça-feira, apontando que Kiev está pronta para negociar o fim da guerra. Ele ressaltou que a Rússia quer acabar com a guerra. "Tivemos discussões sérias com a Rússia e recebemos fortes sinais de que eles estão prontos para a paz", disse. "Não seria lindo?"
Sobre o momento vivido no país, Trump afirmou novamente que os americanos estavam vivendo a era de ouro. "Desde que iniciei meu governo, todas as ações têm sido rápidas e implacáveis para inaugurar a maior e mais bem-sucedida era da história do nosso país".
Trump mencionou mais uma vez a sua promessa de que os EUA irão "retomar" o Canal do Panamá. Ele disse novamente que estimula a independência da Groenlândia e que a região autônoma pode se juntar aos Estados Unidos se desejar.
Referente à polêmica crise imigratória, Trump disse que desde que assumiu a Casa Branca, os números de imigrantes ilegais que entraram na fronteira americana diminuíram. Ele agradeceu a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, e o seu czar de fronteira, Tom Homan, pelo trabalho.
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O presidente se referiu a família de Laken Riley, estudante de enfermagem que foi assassinada por um imigrante venezuelano na Geórgia em fevereiro de 2024, durante o discurso. Familiares de Riley estavam presentes na sessão conjunta do Congresso. Ele destacou ainda Alexis Nungaray, mãe de Jocelyn Nungaray, de 12 anos, que foi morta por imigrantes ilegais enquanto caminhava por uma rua no Texas. O presidente americano pediu ao Congresso que lhe forneça financiamento para avançar sua agenda de deportação.