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Publicada em 02 de Fevereiro de 2025 às 11:26

Canadá e México reagem com tarifas contra EUA e China promete ir à OMC

Trudeau imporá tarifas a produtos americanos em represália a Trump

Trudeau imporá tarifas a produtos americanos em represália a Trump

Dave Chan/AFP/JC
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Folhapress
Canadá e México, dois dos alvos ao lado da China de medidas tarifárias anunciadas em uma rede social pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vão devolver na mesma moeda. O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, disse que imporá tarifas sobre produtos americanos. A presidente do México, Claudia Sheinbaum, instruiu o ministério da Economia a criar tarifas retaliatórias. A China diz que desafiará Trump na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Canadá e México, dois dos alvos ao lado da China de medidas tarifárias anunciadas em uma rede social pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vão devolver na mesma moeda. O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, disse que imporá tarifas sobre produtos americanos. A presidente do México, Claudia Sheinbaum, instruiu o ministério da Economia a criar tarifas retaliatórias. A China diz que desafiará Trump na Organização Mundial do Comércio (OMC).
As tarifas são de 25% para Canadá e México e de 10% para a China. "O Canadá imporá tarifas de 25% sobre um total de 155 bilhões de dólares canadenses (cerca de US$ 106 bilhões) em produtos norte-americanos", anunciou Trudeau, ao alertar sobre uma ruptura nos antigos laços entre Ottawa e Washington. A primeira rodada de impostos afetará, na terça-feira, mercadorias no valor de 30 bilhões de dólares canadenses. Os outros 155 bilhões serão taxados nos próximos 21 dias.
A justificativa dos EUA para a execução das tarifas havia sido a da imigração. Segundo Trump, Canadá e México haviam afrouxado a segurança nas fronteiras. Ao mesmo tempo, ambos os países, ao lado da China, não fizeram o suficiente para conter o fluxo de opioides mortais nos EUA.
China informou que desafiará as tarifas dos Estados Unidos por meio da Organização Mundial do Comércio (OMC). "A imposição de tarifas pelos EUA viola seriamente as regras da OMC", afirmou o Ministério do Comércio chinês em um comunicado, instando os EUA a "engajarem-se em um diálogo franco e fortalecerem a cooperação."
Já a presidente do México, Claudia Sheinbaum, também utilizou o X (antigo Twitter) para dizer que instruiu seu ministério da economia a também criar tarifas retaliatórias - mas sem dar maiores detalhes.
"Rejeitamos categoricamente a calúnia feita pela Casa Branca ao Governo do México de ter alianças com organizações criminosas", escreveu a governante de esquerda na rede social X.
Do lado americano, Donald Trump afirmou que os decretos de taxação possuem uma cláusula anti-retaliação. Dessa forma, se algum país decidir revidar, medidas adicionais serão implementadas, provavelmente na forma de novos aumentos em tarifas.

Decretos tem cláusula de retaliação 

A Casa Branca disse que os três decretos com as novas tarifas tinham uma cláusula de retaliação, caso os países atingidos pelo tarifaço resolvessem adotar a reciprocidade. No caso dos itens canadenses, o petróleo escapou do teto da alíquota e foi taxado em 10%. Há ainda a avaliação de que esse índice mais baixo vai cobrir itens como gás natural, energia elétrica e urânio. As novas tarifas entram em vigor na terça-feira.

A medida aumentará o custo de fazer negócios com os três maiores parceiros comerciais dos Estados Unidos e dará início a uma guerra comercial sem precedentes, afirmaram economistas.

Canadá, México e China respondem por mais de um terço das importações dos EUA, fornecendo carros, remédios, calçados, madeira, eletrônicos, aço e muitos outros produtos aos consumidores americanos.

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